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MICHAEL BUBLÉ CELEBRA 20 ANOS DE “IT’S TIME” COM EDIÇÃO DELUXE

LANÇAMENTO ESTÁ PREVISTO PARA 12 DE SETEMBRO, INCLUINDO FAIXAS INÉDITAS, REMIXES, GRAVAÇÕES AO VIVO E VERSÕES EM VINIL DE LUXO

João Carlos

28/07/2025

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Crédito da imagem: Rádio Antena 1

Michael Bublé anunciou o lançamento da edição deluxe de 20 anos do álbum It’s Time, originalmente lançado em 8 de fevereiro de 2005 e responsável por transformar sua carreira, levando-o ao topo da Billboard Jazz Albums e ao Top 10 da Billboard 200. A nova versão chega em 12 de setembro e estará disponível em múltiplos formatos: 2LP Silver Vinyl, 2CD e versão digital deluxe.

Portais como BroadwayWorld, AntiMusic e The Music Universe destacaram o lançamento como um marco importante na carreira do artista, ressaltando o valor histórico de revisitar um álbum multiplatina e de incluir material inédito ainda emocionalmente relevante para os fãs e para o gênero jazz/pop.

Um crooner moderno com alma pop: o conceito por trás de It’s Time

Muito mais do que uma coleção de canções românticas em arranjos refinados, It’s Time foi concebido por Michael Bublé como um projeto de afirmação artística. Na época do lançamento original, em 2005, o canadense despontava como uma revelação vocal do jazz-pop, mas ainda enfrentava comparações frequentes com ícones do passado, como Frank Sinatra, Tony Bennett e Bobby Darin. Com este álbum, Bublé deu um passo além: não queria ser apenas o intérprete elegante — queria ser autor de sua própria narrativa sonora.

"Eu não estava interessado em imitar ninguém. Eu cresci ouvindo essas músicas, amando esses clássicos, mas queria encontrar uma forma de fazê-los soar como se tivessem sido escritos ontem.", disse o cantor à imprensa americana em 2005.

Sob produção de nomes como David Foster, Tommy LiPuma e Humberto Gatica, o álbum equilibra tradição e frescor. Canções como “Feeling Good”, “You Don’t Know Me” e “Try a Little Tenderness” ganham nova vida com orquestrações modernas, nuances jazzísticas e vocais emocionalmente carregados. Ao mesmo tempo, a presença de faixas como “Home” — uma composição autoral de Bublé — revelava ao mundo um artista com voz e coração próprios.

"‘Home’ não foi só minha primeira composição a estourar, foi a minha forma de me mostrar vulnerável, de falar da saudade, do deslocamento que a vida na estrada traz. E, de alguma forma, as pessoas se viram naquilo.", declarou Bublé em entrevista à NPR, na época.

A estética do álbum também teve papel decisivo. Visualmente, It’s Time apresenta Bublé como um crooner sofisticado, contemporâneo, mas acessível — alguém que poderia transitar entre palcos de jazz e programas de TV, entre Sinatra e Maroon 5. Seu marketing como "o novo romântico" da era digital foi estrategicamente pensado para rejuvenescer o público do gênero, sem perder os ouvintes mais tradicionais.

"Meu objetivo era mostrar que o romance, a honestidade emocional, ainda têm lugar na música popular. Que um arranjo de cordas ou um solo de piano podem emocionar tanto quanto qualquer batida eletrônica.", disse Bublé ao The Guardian.

Com It’s Time, o cantor fincou os pés no presente com uma reverência profunda ao passado — criando uma ponte sonora entre gerações, formatos e sentimentos. E é exatamente esse equilíbrio que a edição comemorativa de 20 anos promete celebrar e redescobrir.

Elementos centrais da concepção artística:

Ao revisitar It’s Time, quase duas décadas após seu lançamento, é possível perceber com mais clareza os elementos que definem sua identidade única. O álbum é construído sobre uma base sólida de canções atemporais, mas cada faixa carrega a intenção clara de dialogar com o presente. O que poderia soar como um simples exercício de nostalgia se transforma, nas mãos de Bublé e seus produtores, em algo novo — um projeto que valoriza a memória musical sem se prender a ela.

A presença de standards consagrados, como “You Don’t Know Me” e “Feeling Good”, não está ali apenas como reverência ao passado. Elas são interpretadas com leveza, nuances emocionais sutis e arranjos que, mesmo sofisticados, não soam datados. Há uma busca por frescor e clareza, por emocionar sem exageros, por cantar sem soar distante.

Esse cuidado se estende também ao repertório contemporâneo — como o dueto com Nelly Furtado em “Quando, Quando, Quando” e, principalmente, a já clássica “Home”, escrita pelo próprio Bublé. A canção marcou um ponto de virada não só por seu sucesso comercial, mas por apresentar ao público uma faceta mais íntima do artista: o intérprete que também escreve, que também sente, e que transforma vivências em melodia.

Outro aspecto fundamental é o equilíbrio entre produção técnica impecável e naturalidade emocional. Sob a batuta de nomes como David Foster, as gravações de It’s Time transitam com precisão entre o jazz, o pop tradicional e baladas cinematográficas, sempre guiadas pela voz calorosa e expressiva de Bublé. É esse equilíbrio — entre o artesanal e o espontâneo — que sustenta a longevidade do álbum.

No fim, o que torna It’s Time tão especial é justamente essa combinação de intenções: reencantar o público para o poder das grandes canções, mas com um olhar fresco, sincero, de quem entende que tradição e atualidade não precisam se anular — podem, ao contrário, se fortalecer.

Na edição deluxe de 20 anos (2025) tesouros inéditos e remasterizações

A edição traz duas faixas nunca antes lançadas: “Just Like You” (conforme anunciada acima), escrita quando Bublé tinha apenas 16 anos, e uma versão inédita do clássico “I’ll Be Seeing You”. A faixa “Just Like You” já está disponível para audição, acompanhada de lyric video, e foi descrita como fiel ao estilo Bublé — com produção calorosa e vocais marcantes.

"É uma faixa que eu sempre tive medo de lançar. Agora, com a distância do tempo e tudo o que vivi, ela me emociona. Achei que esse era o momento certo."

Assista abaixo ao video do single “Just Like You”:

Além das novidades, a edição inclui uma série de faixas remasterizadas originalmente finais deluxe e versões ao vivo lançadas em 2005, como “Mack The Knife”, “Dream a Little Dream of Me”, “Feeling Good” (Live 2005), “My Funny Valentine” e “You’ll Never Know” — reforçando a curadoria emocional e contemporânea de um repertório consagrado.

"Este álbum mudou a minha vida. Foi quando as pessoas deixaram de me ver apenas como 'o garoto que canta standards' e começaram a me ouvir como alguém com algo a dizer."

Uma elegância inspirada no passado que conquista as novas gerações

À medida que celebramos duas décadas de It’s Time, fica ainda mais evidente o lugar que Michael Bublé ocupa na história da música contemporânea: um artista que conseguiu reencantar o grande público para as raízes da canção americana, sem transformar sua arte em museu ou pastiche. Sua trajetória é, por si só, um ponto de inflexão curioso e revelador no mercado musical atual.

O sucesso do álbum — e da carreira que se seguiu — revela algo essencial: mesmo num cenário dominado por programações eletrônicas, refrões hipervelocidade e algoritmos que moldam o gosto coletivo, há espaço para aquilo que é construído com melodia, silêncio, interpretação e emoção de longa duração.

E aqui entra o valor mais profundo de Michael e seu It’s Time: sua capacidade de atualizar o legado do “Great American Songbook” para novas gerações. As canções escritas por autores como Cole Porter, Harold Arlen, Johnny Mercer ou George Gershwin — eternizadas por vozes como Frank Sinatra, Nat King Cole, Ella Fitzgerald e Tony Bennett — carregam em si uma sofisticação harmônica, uma arquitetura melódica e uma humanidade lírica que resistiram ao tempo.

Michael Bublé não apenas reviveu esse repertório. Ele recontextualizou esse estilo como linguagem pop universal, emparelhando-o com suas próprias composições, colaborando com artistas contemporâneos e vestindo o jazz vocal com uma elegância pós-moderna que poucos conseguiram atingir com tanta autenticidade.

Mais do que regravar clássicos, Bublé ajudou a relembrar o mundo que o refinamento emocional também pode ser popular. Que uma big band pode soar tão impactante quanto uma batida digital. Que o gesto de cantar uma canção de amor, com entrega, orquestra e alma, continua tão revolucionário quanto qualquer tendência.

E para encerrar, que tal revisitar um dos momentos mais marcantes de It’s Time? Assista abaixo ao videoclipe oficial de Michael Bublé – Home, uma das faixas mais emocionantes do álbum — e que você ouve na programação da Rádio Antena 1.
Um clássico moderno que continua tocando corações em qualquer lugar do mundo.

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