MICK JAGGER CELEBRA 82 ANOS COM FESTA FAMILIAR E HOMENAGENS NO MUNDO DA MÚSICA
NOITE COMEMORATIVA EM LONDRES TEVE FAMÍLIA, AMIGOS ILUSTRES, AGITAÇÃO NAS REDES E UM ÍCONE DO ROCK AINDA EM PLENA ATIVIDADE
João Carlos
28/07/2025
No sábado, 26 de julho de 2025, o lendário vocalista dos Rolling Stones, Mick Jagger, completou 82 anos. A celebração ocorreu em Londres com uma festa que reuniu familiares, amigos, celebridades e homenagens emocionadas — uma noite que reafirmou a vitalidade e o carisma de um dos maiores nomes da história da música.
Celebração com clima familiar e descontraído
Nas redes sociais, sua noiva Melanie Hamrick publicou uma sequência de fotos (acima) ao lado de Jagger e do filho do casal, Deveraux, de oito anos. Em uma das imagens, o cantor aparece usando orelhas de coelho e sorrindo com o filho, reforçando o tom afetuoso e descontraído da data. A legenda da ex-bailarina do American Ballet Theatre foi curta e direta: “Happy Birthday!!!!
Outra homenagem que chamou atenção foi da brasileira Luciana Gimenez (em destaque acima), com quem Jagger teve seu filho Lucas Jagger, hoje com 25 anos. A apresentadora compartilhou registros ao lado do roqueiro e de Lucas em seu perfil no Instagram, acompanhados da mensagem: “Feliz aniversário, Mick! Que sua energia e alegria sigam inspirando gerações. Parabéns pelo homem e pai incrível que você é”.
Amigos e colegas celebrando vitalidade
Integrantes dos Rolling Stones, como Keith Richards (na imagem acima) e Ronnie Wood, também homenagearam Jagger nas redes sociais. Richards escreveu: “Lá vem mais um! Feliz aniversário, Mick. Um beijo, Keith.” Wood enviou seus votos com um emotivo "Feliz aniversário, Mick! Tenha um dia maravilhoso!".
Celebração à altura da lenda
A festa aconteceu em dois dos endereços mais exclusivos da capital britânica — os Kensington Roof Gardens e o The Rex Rooms — e reuniu nomes como Daphne Guinness, Sacha Baron Cohen, Jimmy Carr e filhos de Liam Gallagher. Segundo a imprensa britânica, o clima foi de aftershow prolongado, com convidados deixando o local apenas por volta das 4h da manhã.
Família plural e presença afetuosa
Com oito filhos de diferentes relacionamentos, Jagger mantém vínculos próximos com todos. Em abril deste ano, Melanie Hamrick confirmou publicamente o noivado com o cantor, revelando que o pedido aconteceu entre 2022 e 2023. Além de Deveraux e Lucas, também são filhos do artista Jade, Elizabeth, Georgia May e James, entre outros.
Legado, longevidade e novos projetos
Mick Jagger não é apenas o vocalista dos Rolling Stones — é um dos arquitetos do rock como espetáculo global. Ao longo de mais de seis décadas de carreira, sua influência ultrapassou o som. Além de cofundar o que muitos consideram a maior banda da história, escreveu dezenas de clássicos definitivos do gênero, como “Satisfaction”, “Start Me Up” e “Angie”, deixando uma marca profunda na cultura contemporânea.
Mas sua revolução foi muito além das composições. Jagger reinventou o papel do frontman: injetou uma dose inédita de sexualidade ambígua, performance teatral, energia física quase acrobática e perigo controlado nas apresentações ao vivo. Seus movimentos no palco — desafiadores, provocativos, imprevisíveis — quebraram paradigmas de masculinidade e abriram caminho para artistas das gerações seguintes explorarem uma nova liberdade de expressão cênica. Ícones como David Bowie, Prince, Freddie Mercury e até Madonna e Lady Gaga beberam dessa fonte.
No caso de David Bowie, a troca foi de mão dupla. Os dois artistas, que cultivaram uma amizade intensa e criativa desde os anos 1970, se influenciaram mutuamente em estilo, postura, ousadia estética e liberdade de gênero. Bowie absorveu a crueza performática de Jagger, enquanto Jagger passou a explorar narrativas mais visuais e conceituais após a convivência com Bowie — especialmente nos anos 1980.
Esse encontro simbólico foi eternizado no videoclipe de “Dancing in the Street”, gravado em 1985 em clima espontâneo e explosivo para o Live Aid. Quatro décadas depois, o vídeo ganhou uma versão remasterizada em 4K, lançada neste mês de julho como parte das celebrações pelos 40 anos do registro. A nova edição ressalta detalhes antes invisíveis da química entre os dois ícones — da coreografia improvisada aos olhares de cumplicidade, reforçando o impacto visual e afetivo que essa colaboração teve na história do pop e do rock.
Assista abaixo ao videoclipe remasterizado de “Dancing in the Street” com Mick Jagger e David Bowie — agora em 4K. Uma explosão de carisma, ritmo e espontaneidade que continua vibrante quatro décadas depois.
Um revolucionário além da música
A concepção visual dos palcos também mudou com ele: cenários monumentais, passarelas, passagens secretas, telões, rampas e efeitos coreografados se tornaram padrão após as extravagâncias idealizadas por Jagger em turnês como a Steel Wheels ou Voodoo Lounge.
Nos bastidores, sua inteligência estratégica e visão empresarial foram igualmente transformadoras. Jagger entendeu antes de muitos que o rock podia ser também uma marca global — e não apenas rebeldia em vinil. Em 1981, liderou a primeira turnê patrocinada da história do rock, com a Jovan, abrindo caminho para uma nova era de profissionalização no mercado da música. Desde então, moldou a relação entre marcas, eventos e artistas, antecipando a lógica do entretenimento como indústria multimilionária.
Mesmo após o fim da turnê Hackney Diamonds em 2024, Jagger segue em movimento. Aos 82 anos, continua ativo no estúdio, envolvido em novos projetos com os Stones e colaborações contemporâneas, como a participação na faixa “Empty Chairs” com Burna Boy — exemplo claro de como seu olhar artístico continua voltado para o futuro, sem nunca perder o controle do presente.
Um ícone e seu maior desafio: o tempo
Aos 82 anos, Mick Jagger não é apenas uma lenda viva do rock. É também a personificação de uma batalha silenciosa e fascinante travada ao longo de toda a sua trajetória: o enfrentamento constante contra o tempo — esse mesmo tempo que devora carreiras, apaga relevâncias e desacelera corpos. Mas que, com ele, parece ser apenas mais um elemento a ser domado.
Após décadas dominando os maiores palcos do planeta, reinventando o papel de frontman e moldando os rumos da indústria musical, Jagger agora assume um novo posto: o de símbolo de longevidade criativa, resistência física e reinvenção contínua. Sua presença atual — entre shows, estúdio, vida familiar e tributos históricos — comprova que energia, carisma, estilo e paixão pela música continuam sendo forças vitais no seu repertório pessoal.
Mas talvez o que mais impressione hoje seja a consciência com que Jagger encara essa fase da vida. Em vez de desacelerar, ele escolhe desafiar o tempo com projetos, participações e presença, mantendo a curiosidade artística e a vitalidade intelectual que sempre o distinguiram.
Com novos álbuns em gestação, colaborações com artistas de outras gerações e homenagens que o consagram ainda em vida, Mick Jagger prova — mais uma vez — que o palco não é apenas um lugar de performance, mas também de permanência. E tudo indica que o maior vocalista do rock ainda tem muito o que dizer. E cantar.
Porque, no fim, envelhecer é inevitável — mas se manter lendário é uma escolha que só os grandes sabem fazer.
E por falar em Jagger e seu eterno duelo com o tempo, assista a seguir ao vídeo promocional The Rolling Stones – Time Is On My Side (Ao Vivo) – PROMOÇÃO OFICIAL, com imagens históricas do vocalista no auge de sua fase de impacto sobre a juventude nos anos 60. Um registro vibrante do momento em que Mick Jagger se tornou o rosto da rebeldia, da sensualidade e da liberdade de uma geração — e começou a provar que, sim, o tempo poderia, de fato, estar ao seu lado.