MICK JAGGER LIDERA FILME BIOGRÁFICO SOBRE SISTER ROSETTA THARPE
AUNJANUE ELLIS-TAYLOR ASSINA O ROTEIRO AO LADO DE UM TIME ESTRELADO, COM APOIO OFICIAL DO ESPÓLIO DA ARTISTA QUE FOI PIONEIRA DO ROCK
João Carlos
29/05/2025
Segundo informações do Deadline, assinadas pelo jornalista Matt Grobar, a trajetória de Sister Rosetta Tharpe — conhecida mundialmente como a “Madrinha do Rock and Roll” — vai finalmente ganhar as telas em uma cinebiografia autorizada. O projeto está sendo desenvolvido por um verdadeiro supergrupo do cinema e da música: Mick Jagger, vocalista dos Rolling Stones, é um dos produtores executivos da obra, que terá roteiro assinado pela atriz indicada ao Oscar Aunjanue Ellis-Taylor (King Richard, Nickel Boys).

A produção é liderada pela Live Nation Productions, em parceria com Jagged Films, de Jagger, e Tribeca Studios, de Jane Rosenthal. Também estão envolvidos Inaudible Productions, Peter Afterman e Michael Rapino, CEO da Live Nation.
Um roteiro com alma e precisão histórica
A narrativa do longa será baseada na biografia “Shout, Sister, Shout!: The Untold Story of Rock-and-Roll Trailblazer Sister Rosetta Tharpe”, de Gayle Wald, com direitos exclusivos já adquiridos pela produção. O filme também conta com a aprovação do espólio de Rosetta, garantindo acesso completo ao seu acervo musical oficial.
A roteirista Ellis-Taylor, que já colaborou com Tribeca em When They See Us e com a Jagged Films em Get On Up, promete uma abordagem que respeita a complexidade e a audácia da artista:
“Com seis cordas e um amplificador como aríete, Rosetta derrubou as muralhas da convenção. Estou empolgada em levar ao cinema a história dessa mulher queer formada nos bancos das igrejas do sul dos Estados Unidos”, declarou.
Uma estrela esquecida, enfim celebrada

Sister Rosetta Tharpe brilhou entre as décadas de 1930 e 1940 com seu talento único como cantora gospel e guitarrista elétrica, rompendo fronteiras entre os estilos e antecipando o que o mundo conheceria como rock and roll. Negra, mulher e artista queer, ela influenciou nomes como Elvis Presley, Johnny Cash, Chuck Berry, Tina Turner, Eric Clapton e Little Richard, mas teve seu reconhecimento postergado.
Faleceu em 1973 e só foi introduzida no Rock and Roll Hall of Fame em 2018. Esta cinebiografia representa um importante acerto de contas histórico com seu legado.
Um documentário complementar também está a caminho
Além do longa-metragem, está em produção um documentário paralelo sobre Sister Rosetta Tharpe, com entrevistas de amigos, estudiosos, artistas influenciados por ela e gravações inéditas feitas por Gayle Wald com Marie Knight, sua parceira artística mais próxima.
Lizzo não está no elenco, mas futuro musical pode surgir
Apesar de rumores anteriores, Lizzo não está envolvida nesta produção, segundo informações atualizadas. No entanto, o protagonismo de uma atriz e roteirista premiada como Ellis-Taylor garante o comprometimento com uma narrativa autêntica e poderosa.
O poder por trás das câmeras
O time de produção é formado por nomes de peso:
- Mick Jagger e Victoria Pearman por Jagged Films (Vinyl, Get On Up)
- Jane Rosenthal e Berry Welsh por Tribeca Studios (The Irishman)
- Peter Afterman por Inaudible Productions
- Michael Rapino e Ryan Kroft por Live Nation (A Star Is Born, Moonage Daydream)
O projeto reforça o crescente envolvimento de Jagger no cinema. Recentemente, ele também assumiu a produção de Miles & Juliette, filme sobre o romance entre Miles Davis e Juliette Gréco.
Um legado para ser visto e ouvido
A história de Sister Rosetta Tharpe é uma daquelas que o tempo tentou apagar, mas que a cultura pop finalmente se encarrega de restaurar. Com produção de Mick Jagger, roteiro de Aunjanue Ellis-Taylor e apoio integral de sua família e legado musical, este filme promete ser um marco na história do cinema musical e um tributo justo a quem ajudou a inventar o rock.