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MILEY CYRUS E OS 20 ANOS DE HANNAH MONTANA

CANTORA REVELOU PLANOS PARA ALGO MUITO ESPECIAL NA CELEBRAÇÃO DE 2026

João Carlos

11/08/2025

Placeholder - loading - Crédito da imagem: foto da capa do álbum Hannah Montana OST (2006) / Walt Disney Records
Crédito da imagem: foto da capa do álbum Hannah Montana OST (2006) / Walt Disney Records

A contagem regressiva para o 20º aniversário de Hannah Montana já está em andamento. Coincidência ou não, bastou Miley Cyrus afirmar, em 30 de julho, durante uma entrevista ao programa TikTok Radio da SiriusXM, que pretende “criar algo realmente muito especial” para a data, para que fãs e imprensa entrem em estado de expectativa total. Ainda não há confirmação oficial de iniciativas — mas se o ditado “onde há fumaça, há fogo” vale, é bem possível que já exista alguma movimentação nos bastidores, possivelmente envolvendo negociações entre a equipe da cantora e executivos da Disney.

A série, que estreou em 24 de março de 2006 no Disney Channel, apresentou ao mundo a personagem que se tornaria símbolo de uma geração e abriu caminho para uma das carreiras mais versáteis e comentadas da música pop.

A gênese que deu origem ao fenômeno Hannah Montana e Miley Cyrus

O fenômeno global que encantou crianças e adolescentes teve origem nas histórias cruzadas da então muito jovem Miley Cyrus e no projeto de um programa que ainda não tinha nome — e que contaria com a assinatura de criadores visionários. Vamos mergulhar nessa gênese e entender como essas narrativas se encontraram.

Filha do cantor country Billy Ray Cyrus (em destaque acima), Miley nasceu Destiny Hope Cyrus, em Franklin, Tennessee, e cresceu rodeada pela música. Aos 11 anos, participou de testes para um novo programa da Disney pensado para explorar uma adolescente com vida dupla: normal de dia, estrela pop à noite.

O conceito, inicialmente, foi idealizado pelo roteirista e produtor Michael Poryes (também criador de That's So Raven), com suporte do diretor-escritor Rich Correll e do roteirista Barry O’Brien — juntos, eles co-criaram a série Hannah Montana.

Na produção do piloto, Miley ironicamente começou fazendo teste para a melhor amiga da protagonista, mas logo foi realocada ao papel principal graças à sua energia e talento inegáveis — uma mudança que transformou por completo o conceito da série.

A química familiar autêntica também foi arma poderosa: Billy Ray, o pai de Miley, acabou escalado como Robby Ray Stewart, pai da personagem, reforçando o vínculo emocional da série — e, conforme relatos de bastidores, foi incentivado por Tish, mãe e então agente de Miley, a participar justamente para manter a família unida durante o trabalho.

Depois de ajustes no roteiro, nomes e estrutura, o que começou como um esboço ganhou forma definitiva como Hannah Montana, estreando em 24 de março de 2006, e rapidamente se transformou num marco cultural — um encontro perfeito entre a espontaneidade de uma pré-adolescente talentosa e a expertise criativa dos idealizadores do projeto.

As temporadas e a ascensão mundial

Foram apenas quatro temporadas (2006–2011), mas cada uma marcada por trilhas sonoras que dominaram as paradas, como “The Best of Both Worlds”, “Nobody’s Perfect” e “He Could Be the One”. Com essa combinação, o programa conquistou fãs em todo o mundo.

A estratégia foi certeira: Miley Cyrus encaixou-se no papel de forma tão natural que parecia ter sido criado sob medida para ela. Ao mesmo tempo, sua própria trajetória pessoal se confundia com a da personagem, criando uma simbiose poderosa entre ficção e realidade. Essa conexão emocional, somada à força de uma trilha sonora envolvente — recurso já consagrado por outros projetos bem-sucedidos da indústria musical — transformou as músicas em verdadeiros hinos para uma geração inteira de jovens espectadores.

O resultado foi arrebatador: shows lotados, turnês internacionais e até um longa-metragem, Hannah Montana: O Filme (2009), consolidaram Miley como um fenômeno global.

Ao longo das temporadas, a produção também amadureceu — assim como sua protagonista, que começou a demonstrar interesse em explorar uma carreira musical própria, para além da persona Hannah. Isso seria o início do fim ou um final que, 20 anos depois, pode estar em aberto para um novo capítulo?

A “separação” e o início da carreira solo

A pergunta que ficou no ar ao fim de Hannah Montana parecia ter resposta: para Miley, era hora de encerrar um ciclo. Determinada a se desvincular da imagem de “estrela teen”, ela promoveu uma ruptura radical, tanto visual quanto sonora.

O ponto de virada começou a se desenhar com o álbum Can’t Be Tamed (2010), lançado durante a reta final da série. Letras mais ousadas e visual provocativo sinalizavam ao público que Miley buscava se libertar da persona que a consagrou. Mas foi com Bangerz (2013) que a quebra de paradigmas se consumou: sonoridade pop com influências de hip-hop, performances polêmicas e um visual totalmente reformulado mostraram que a transição era definitiva.

Essa reinvenção, cercada de críticas e elogios, consolidou Miley como uma das artistas mais comentadas da música global, capaz de transitar entre estilos que iam do country ao rock e baladas intimistas.

O mais fascinante, tempos depois, é observar como a simbiose entre a ficção e a vida real de Miley ficou tão evidente — ela como Hannah e Hannah como ela — que isso se tornou um marco: não há precedentes nem no universo dos seriados musicais voltados ao público teen ou adulto em que esse cruzamento narrativo entre ator e personagem seja tão íntimo e bem-sucedido.

Apesar do esforço em se afastar, o legado de Hannah Montana jamais desapareceu por completo. Seja em entrevistas nostálgicas, em tributos ocasionais ou na relação próxima com antigos colegas de elenco, a sombra luminosa da personagem continua a acompanhar Miley. Afinal, a cada aparição pública, sua imagem inevitavelmente desperta no inconsciente coletivo a lembrança daquele universo colorido e musical, congelado em algum lugar do passado.

E agora, duas décadas depois, a pergunta ressurge com força: será que essa “separação” está prestes a ganhar um novo capítulo?

O que esperar dos 20 anos de Hannah Montana

Na entrevista mais recente, dada ao programa On Air With Ryan Seacrest, Miley Cyrus não escondeu a empolgação com a proximidade do 20º aniversário de Hannah Montana, que será celebrado em março de 2026. Com entusiasmo e uma boa dose de nostalgia, ela admitiu:

“Está a ponto de ser o 20-YEAR HANNAH-VERSARY em março. Quero fazer algo realmente, realmente especial para celebrar, porque foi ali que tudo começou, o que me trouxe até aqui hoje.”

E fez questão de ressaltar o peso emocional dessa fase em sua vida:

“Sem Hannah, realmente não existiria esta versão de mim.”

As declarações, embora não tragam detalhes concretos, funcionaram como gatilho imediato para reacender o imaginário dos fãs — e talvez também para iniciar o “trabalho de aquecimento” da própria Disney. Poucos dias antes da declaração de Miley, o estúdio publicou um post que chamou a atenção dos fãs: imagens dela ao lado de Dolly Parton intercaladas com outras cenas icônicas de sua presença no programa. Coincidência ou uma mensagem sutilmente planejada?

O detalhe é que esse aparente tipo de ação de marketing não acontece por acaso. Mesmo que nenhuma produção esteja oficialmente confirmada, a experiência mostra que lançamentos desse porte são planejados com meses — às vezes anos — de antecedência. Isso reforça a percepção de que, sim, algo concreto pode já estar sendo desenvolvido nos bastidores entre a equipe de Miley e executivos da Disney.

Entre as especulações mais recorrentes, destacam-se:

  • Especial no Disney+ reunindo o elenco original, com novas entrevistas e imagens de bastidores jamais exibidas;
  • Regravações e performances exclusivas dos maiores sucessos da série, possivelmente em formato acústico ou reinventados para o público atual;
  • Documentário de fôlego, com depoimentos de fãs de diferentes gerações, músicos, produtores e roteiristas que ajudaram a criar a magia;
  • Um evento musical híbrido — presencial e transmitido ao vivo — que una nostalgia e novas interpretações de clássicos;
  • E até a possibilidade, mais remota, de uma minissérie comemorativa com Miley revisitando a personagem, ainda que de forma simbólica.

Fato é que, independentemente da forma, a simples promessa de Miley já transformou o aniversário em um dos eventos mais aguardados de 2026 para quem viveu a era dourada da série.

Uma data que reacende a nostalgia

Enquanto março de 2026 não chega, a expectativa só cresce. Hannah Montana é, de fato, parte indissociável da memória afetiva de uma geração — um marco televisivo e musical que ajudou a moldar o imaginário de milhões de jovens ao redor do mundo.

E, se depender de Miley Cyrus, os 20 anos do programa terão uma celebração à altura de seu legado, resgatando não apenas a magia e o brilho daquela época, mas também a conexão única entre ficção e realidade que transformou essa história em algo verdadeiramente inesquecível.

Assista a seguir à abertura oficial de Hannah Montana, com o tema inesquecível que se tornou hino — “The Best of Both Worlds”, a música que capturou a essência da série: a mistura vibrante entre a adolescente comum e a popstar. Uma lembrança sonora guardada com carinho por milhões e que convida a reviver a magia que marcou uma geração há quase 20 anos.

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