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Ministro da Justiça determina investigação da PF sobre suspeita de manipulação de jogos de futebol

Placeholder - loading - Bola de partida do Campeonato Brasileiro de 2022 01/10/2022 REUTERS/Cris Mattos
Bola de partida do Campeonato Brasileiro de 2022 01/10/2022 REUTERS/Cris Mattos

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SÃO PAULO (Reuters) - O ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou nesta quarta-feira a instauração de um inquérito na Polícia Federal para investigar um suposto esquema para manipular partidas de futebol no país, em um escândalo que abalou o esporte depois que o Brasil legalizou as apostas esportivas em 2018.

'Diante de indícios de manipulação de resultados em competições esportivas, com repercussão interestadual e até internacional, estou determinando hoje que seja instaurado Inquérito na Polícia Federal para as investigações legalmente cabíveis', escreveu Dino no Twitter.

Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enviou ofício à pasta para tratar das recentes informações sobre a manipulação de resultados, 'garantindo que tem adotado providências para censurar e punir a prática de tais ilícitos' e pedindo a participação da Polícia Federal no caso.

'A CBF também se colocou à disposição para fornecer o que for do interesse público para que as investigações cheguem a um bom termo, comprometendo-se a fornecer todos os documentos e informações que a autoridade entender pertinente', afirmou a pasta em nota.

O suposto esquema de manipulação de partidas para beneficiar apostadores foi revelado pelo Ministério Público do Estado de Goiás, que indiciou 16 pessoas, incluindo sete jogadores profissionais de futebol.

O MPGO disse que os supostos crimes ocorreram em 13 partidas de futebol, incluindo oito disputadas no Campeonato Brasileiro de 2022. Jogadores de clubes como Santos, Juventude e Cuiabá estão entre os acusados.

Nos documentos de acusação, os promotores alegaram que uma quadrilha criminosa pagou jogadores para cometer infrações. O grupo então apostava nesses jogos e ganhava pagamentos quando as manipulações ocorriam.

O grupo oferecia até 500 mil reais como pagamento aos jogadores, alegam os promotores.

'Trata-se de atuação especializada visando ao aliciamento e cooptação de atletas profissionais para, mediante contraprestação financeira, assegurar a prática de determinados eventos em partidas oficiais de futebol e, com isso, garantir o êxito em elevadas apostas esportivas feitas pelo grupo criminoso em casas do ramo', afirmam os procuradores.

As apostas esportivas são legais no Brasil desde 2018, quando o país permitiu jogos de azar online. O setor explodiu desde então, e os anúncios de casas de apostas costumam ser proeminentes durante, antes e depois das partidas de futebol.

O governo brasileiro está atualmente preparando uma medida provisória para tributar e regulamentar o setor de apostas esportivas no país.

(Reportagem de Peter Frontini)

Escrito por Reuters

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