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Ministro da Justiça determina investigação da PF sobre suspeita de manipulação de jogos de futebol

Ministro da Justiça determina investigação da PF sobre suspeita de manipulação de jogos de futebol

Reuters

10/05/2023

Placeholder - loading - Bola de partida do Campeonato Brasileiro de 2022 01/10/2022 REUTERS/Cris Mattos
Bola de partida do Campeonato Brasileiro de 2022 01/10/2022 REUTERS/Cris Mattos

SÃO PAULO (Reuters) - O ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou nesta quarta-feira a instauração de um inquérito na Polícia Federal para investigar um suposto esquema para manipular partidas de futebol no país, em um escândalo que abalou o esporte depois que o Brasil legalizou as apostas esportivas em 2018.

'Diante de indícios de manipulação de resultados em competições esportivas, com repercussão interestadual e até internacional, estou determinando hoje que seja instaurado Inquérito na Polícia Federal para as investigações legalmente cabíveis', escreveu Dino no Twitter.

Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enviou ofício à pasta para tratar das recentes informações sobre a manipulação de resultados, 'garantindo que tem adotado providências para censurar e punir a prática de tais ilícitos' e pedindo a participação da Polícia Federal no caso.

'A CBF também se colocou à disposição para fornecer o que for do interesse público para que as investigações cheguem a um bom termo, comprometendo-se a fornecer todos os documentos e informações que a autoridade entender pertinente', afirmou a pasta em nota.

O suposto esquema de manipulação de partidas para beneficiar apostadores foi revelado pelo Ministério Público do Estado de Goiás, que indiciou 16 pessoas, incluindo sete jogadores profissionais de futebol.

O MPGO disse que os supostos crimes ocorreram em 13 partidas de futebol, incluindo oito disputadas no Campeonato Brasileiro de 2022. Jogadores de clubes como Santos, Juventude e Cuiabá estão entre os acusados.

Nos documentos de acusação, os promotores alegaram que uma quadrilha criminosa pagou jogadores para cometer infrações. O grupo então apostava nesses jogos e ganhava pagamentos quando as manipulações ocorriam.

O grupo oferecia até 500 mil reais como pagamento aos jogadores, alegam os promotores.

'Trata-se de atuação especializada visando ao aliciamento e cooptação de atletas profissionais para, mediante contraprestação financeira, assegurar a prática de determinados eventos em partidas oficiais de futebol e, com isso, garantir o êxito em elevadas apostas esportivas feitas pelo grupo criminoso em casas do ramo', afirmam os procuradores.

As apostas esportivas são legais no Brasil desde 2018, quando o país permitiu jogos de azar online. O setor explodiu desde então, e os anúncios de casas de apostas costumam ser proeminentes durante, antes e depois das partidas de futebol.

O governo brasileiro está atualmente preparando uma medida provisória para tributar e regulamentar o setor de apostas esportivas no país.

(Reportagem de Peter Frontini)

Reuters

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