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Moraes diz que Judiciário covarde não é independente e que juiz precisa saber lidar com pressão

Moraes diz que Judiciário covarde não é independente e que juiz precisa saber lidar com pressão

Reuters

22/08/2025

Placeholder - loading - Ministro Alexandre de Moraes durante sessão do STF 01/08/2025  REUTERS/Adriano Machado
Ministro Alexandre de Moraes durante sessão do STF 01/08/2025 REUTERS/Adriano Machado

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou nesta sexta-feira que o Judiciário brasileiro é independente e um juiz precisa saber lidar com a pressão interna ou externa.

'Judiciário vassalo, covarde, que quer fazer acordos para que o país momentaneamente deixe de estar conturbado, não é um Judiciário independente. No Brasil o Judiciário é independente', disse ele em evento do Lide no Rio de Janeiro.

Sem citar casos específicos, Moraes também disse que os juízes precisam saber lidar com pressão e quem não suportar deve buscar outro ofício.

'Os ataques podem continuar a ser realizados de dentro ou de fora, pouco importa. O juiz que não resiste à pressão que mude de profissão e vai fazer outra coisa na vida.'

Moraes é o relator do processo no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro é acusado de tentar tramar um golpe de Estado após perder a eleição presidencial de 2022.

O ministro do STF é relator também de inquérito que investiga Bolsonaro por suspeita de atuar com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho, junto a autoridades dos Estados Unidos para coagir o Supremo. Moraes determinou a prisão domiciliar do ex-presidente no bojo desse inquérito por descumprimento de medidas cautelares.

O julgamento do caso de golpe de Estado na Primeira Turma do STF está marcado para setembro. Aliados tentam aprovar no Congresso uma anistia que beneficie o ex-presidente.

'Não se pode atentar contra a democracia e, se der certo, é uma ditadura; se não der certo, desculpa, volto para casa para me reorganizar. Tem que assumir seus atos', frisou Moraes, novamente sem mencionar qualquer caso específico.

O ministro do Supremo sofreu sanções do governo dos Estados Unidos, acusado de autorizar prisões arbitrárias antes do julgamento e de suprimir a liberdade de expressão, crítica ecoada pelos bolsonaristas.

Reuters

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