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Morte online de streamer francês não foi resultado de trauma, diz procuradoria

Morte online de streamer francês não foi resultado de trauma, diz procuradoria

Reuters

22/08/2025

Placeholder - loading - Ilustração com foto de Raphael Graven e logo da Kick   21/8/2025   REUTERS/Dado Ruvic
Ilustração com foto de Raphael Graven e logo da Kick 21/8/2025 REUTERS/Dado Ruvic

Por Geert De Clercq

PARIS (Reuters) - Um streamer de vídeo francês que morreu durante uma transmissão ao vivo após dias de abuso por parte de outros streamers não morreu em decorrência de trauma ou da intervenção de terceiros, disseram autoridades judiciais.

A França foi abalada pela morte de Raphael Graven, de 46 anos, conhecido online como Jean Pormanove, que morreu durante uma transmissão ao vivo na segunda-feira, depois de suportar vários dias de violência e humilhação transmitidos na plataforma Kick.

A procuradoria de Nice, no sul da França, perto de onde Graven morreu, disse que a autópsia não mostrou nenhum vestígio de lesões traumáticas que pudessem explicar a morte e que as causas prováveis da morte pareciam ser de origem médica ou toxicológica.

Outras análises foram solicitadas para determinar essas causas, disse a procuradoria, acrescentando que Graven tinha problemas cardíacos e que estava fazendo tratamento médico para a glândula tireoide.

Em uma entrevista à emissora franceinfo na sexta-feira, Clara Chappaz, ministra júnior de IA e tecnologia digital, afirmou que durante alguns dos vídeos Graven podia ser ouvido dizendo que queria que o abuso parasse e que queria chamar a polícia.

'O país inteiro está em choque com o que aconteceu... Vivemos em um mundo onde a realidade superou a ficção, onde podemos ver alguém morrendo em um canal de TV e as pessoas podem assistir a esse tipo de vídeo com horas e horas de humilhação', disse ela.

Ela denunciou o que chamou de 'faroeste digital' e criticou a Kick, de propriedade australiana, pela moderação insuficiente do conteúdo.

'Essa plataforma de três anos está claramente muito desconectada com o que realmente está acontecendo', disse ela, acrescentando que, se as investigações mostrarem que a Kick não cumpre os padrões de conteúdo online, haverá 'sanções', que ela não especificou.

A Kick Francais afirmou que cooperará com as autoridades e está realizando uma revisão de seu conteúdo francês.

(Reportagem adicional de Makini Brice)

Reuters

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