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MUITO ALÉM DOS ANOS 80

CLÁSSICOS DO POP BRILHAM NO 'CLUBE DO BILHÃO'

João Carlos

19/06/2025

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Crédito da imagem: Arquivo / Getty Images

Na década de 1980, o mundo assistiu ao nascimento de uma nova linguagem na música: o videoclipe. Muito além de simples registros promocionais, os vídeos tornaram-se parte indissociável da obra de um artista. Para os ouvintes da Antena 1, que viveram e continuam revivendo essa era de ouro, não é surpresa saber que nomes como Michael Jackson, Madonna, Cyndi Lauper e A-ha seguem batendo recordes – inclusive no YouTube.

Recentemente, vídeos de músicas lançadas nos anos 80 ultrapassaram 1 bilhão de visualizações na plataforma, reafirmando o impacto atemporal desses artistas. O YouTube, que nasceu como uma vitrine para vídeos caseiros e hoje também transmite conteúdos ao vivo, tornou-se uma espécie de "MTV sob demanda" — um espaço onde os clipes ganham nova vida e onde o público pode, a qualquer momento, reviver momentos marcantes da história da música. Essa transformação faz do YouTube não apenas um arquivo do passado, mas um motor ativo na preservação e redescoberta de videoclipes que moldaram o imaginário de gerações. Mas o que há por trás desses números impressionantes? E por que esses clipes se tornaram tão emblemáticos? Nesta matéria, mergulhamos nos bastidores de cinco clássicos que marcaram a história da música e da televisão.

A-ha – Take On Me: A revolução da animação

O A-ha fez história com o videoclipe de Take On Me (1985), um dos mais inovadores da época. Dirigido por Steve Barron, o vídeo utilizou a técnica de rotoscopia, que mistura animação com live-action. Foram mais de 2.000 desenhos feitos à mão ao longo de 16 semanas de produção. O resultado? Um romance visual entre mundos que encantou gerações.

Com 6 prêmios no MTV Video Music Awards de 1986, o vídeo se consolidou como um dos mais icônicos da história da música pop. Em 2020, superou a marca de 1 bilhão de views e, em 2024, chegou a 2 bilhões – um feito inédito para uma produção dos anos 80.

Cyndi Lauper – Girls Just Want To Have Fun: a força do pop feminno

Gravado com um orçamento modesto de US$ 35 mil, o vídeo de Girls Just Want to Have Fun contou com participações de amigos, da mãe de Cyndi Lauper e até do lutador “Captain” Lou Albano. A direção ficou por conta de Edd Griles, que transformou a produção em um símbolo de empoderamento feminino.

O clipe venceu o prêmio de Melhor Vídeo Feminino no VMA de 1984, e sua energia colorida e irreverente permanece viva até hoje. Em 2022, o vídeo atingiu 1 bilhão de visualizações no YouTube, refletindo sua força cultural.

Michael Jackson – Beat It e Thriller: o nascimento do cinema musical

Impossível falar da era da música visual sem mencionar Michael Jackson. Com Beat It e Thriller, o cantor redefiniu os limites do videoclipe. Beat It (1983) surpreendeu ao trazer gangues reais, coreografias elaboradas e um enredo urbano. Já Thriller elevou o conceito a outro nível: com direção de John Landis e orçamento de quase US$ 1 milhão, o vídeo se tornou um curta-metragem musical.

Thriller foi o primeiro videoclipe a integrar o Registro Nacional de Filmes dos EUA, ganhou cinco VMAs e um Grammy, e vendeu milhões de cópias de VHS com seu making-of. O impacto foi tanto que, em 2024, o vídeo original também entrou para o clube do bilhão.

Madonna – La Isla Bonita: um encontro com o exótico

Com direção de Mary Lambert, La Isla Bonita (1986) trouxe uma estética latina que contrastava com os clipes urbanos da época. Vestida de vermelho em cenários solares, Madonna reforçou sua imagem camaleônica e sensual. Em 2025, o vídeo se tornou o primeiro da cantora a alcançar 1 bilhão de visualizações.

A influência visual e sonora da faixa atravessou décadas, sendo constantemente redescoberta em redes sociais, trilhas e remixes.

A MTV e a consagração do vídeoclipe como linguagem musical

Fundada em 1981, a MTV revolucionou a indústria ao colocar a imagem no centro da experiência musical. Artistas que compreendiam essa mudança – como os quatro desta matéria – ganharam destaque e abriram caminho para uma geração inteira que passou a lançar vídeos como parte estratégica de divulgação.

A força da emissora criou o padrão que seguimos até hoje: não basta lançar uma música, é preciso contar uma história visual. O videoclipe virou arte. E os ouvintes da Antena 1 viveram isso tudo ao vivo, na televisão, e agora vivem novamente pelas telas digitais.

Do VHS ao streaming: Uma nova vida para os clássicos

As músicas citadas nesta matéria continuam sendo transmitidas na programação da Rádio Antena 1, reafirmando sua presença atemporal. Ao lado de hits contemporâneos, elas mostram que talento e inovação visual não envelhecem. Crianças que dançaram nos anos 80 hoje assistem com seus filhos e netos, criando uma corrente de afeto e memória.

Esses vídeos que ultrapassaram 1 bilhão de visualizações no YouTube são muito mais do que estatísticas. São prova viva de que a música visual não só moldou uma geração, como se reinventou no digital – e segue tocando corações, muito além dos anos 80.

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