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Mulher de ex-presidente peruano Humala chega ao Brasil após obter asilo

Placeholder - loading - Nadine Heredia, mulher do ex-presidente peruano  Ollanta Humala 30/04/2018 REUTERS/Janine Costa
Nadine Heredia, mulher do ex-presidente peruano Ollanta Humala 30/04/2018 REUTERS/Janine Costa

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Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - Nadine Heredia, mulher do ex-presidente peruano Ollanta Humala, chegou ao Brasil nesta quarta-feira, enquanto o ex-líder passou a noite na prisão após ser condenado a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro.

Heredia, de 48 anos, aterrissou em Brasília depois de pedir asilo, informou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Ela foi condenada a 15 anos de prisão na terça-feira, no mesmo caso que seu marido.

Os dois foram condenados por receberem fundos da construtora brasileira Odebrecht, agora conhecida como Novonor, em um caso de corrupção abrangente no qual a empresa de construção distribuiu subornos a políticos em toda a América Latina.

Humala passou sua primeira noite preso na mesma cadeia onde dois outros ex-chefes de Estado peruanos, Alejandro Toledo e Pedro Castillo, também estão detidos. A unidade foi construída especialmente para abrigar ex-líderes.

Heredia e o mais novo de seus três filhos decolaram para Brasília por volta das 4h em um avião enviado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse o advogado Julio Espinoza à rádio local RPP.

Ela deve chegar às 20h30 em São Paulo, onde receberá tratamento contra o câncer, disse seu advogado brasileiro, Marco Aurélio de Carvalho, à Reuters.

Ao chegar a Brasília, Heredia e seu filho pediram asilo com base na Lei de Refugiados do Brasil e foram autorizados pela Polícia Federal a permanecer no país enquanto o Comitê Nacional para Refugiados (Conare) avalia o pedido.

Nos dois primeiros anos do mandato de Lula, o Brasil recebeu 126.787 pedidos de asilo e concedeu status de refugiado a 90.904 pessoas.

Humala, de 62 anos, um oficial militar aposentado que liderou a nação andina de 2011 a 2016, é o segundo ex-presidente do Peru a ser preso no caso Odebrecht e o quarto a ser implicado no escândalo. Sua defesa planeja recorrer da condenação.

Ex-executivos da Odebrecht disseram à Justiça peruana que a empresa financiou quase todos os candidatos presidenciais do país por um período de quase 30 anos.

'LUGAR PARA MAIS UM'

Humala já foi designado para uma cela na prisão policial do Peru para ex-presidentes, disse Javier Llaque, chefe do sistema penitenciário do país, a jornalistas.

Além dos três atualmente detidos lá, o ex-presidente Alberto Fujimori também foi preso no local até sua libertação em 2023, antes de sua morte no ano passado.

O número pode aumentar ainda mais. Pedro Pablo Kuczynski, que serviu de 2016 a 2018, e Martin Vizcarra, que serviu entre 2018 e 2020, também estão sendo investigados por corrupção.

A atual presidente Dina Boluarte, cujo mandato termina no próximo ano, enfrenta investigações por enriquecimento ilícito por usar relógios Rolex vistosos, abandonar seu cargo durante uma rinoplastia e pela morte de dezenas de manifestantes contra o governo depois que ela assumiu o cargo.

'Sempre tem lugar para mais um preso', disse Llaque.

(Reportagem de Marco Aquino em Lima e Lisandra Paraguassu em Brasília; reportagem adicional de Andre Romani em São Paulo)

Escrito por Reuters

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