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Museu de história americana remove o nome de Trump da exposição sobre impeachment

Museu de história americana remove o nome de Trump da exposição sobre impeachment

Reuters

01/08/2025

Placeholder - loading - Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca 31/07/2025 REUTERS/Kent Nishimura
Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca 31/07/2025 REUTERS/Kent Nishimura

Atualizada em  01/08/2025

Por Kanishka Singh

WASHINGTON (Reuters) - O Museu Nacional de História Americana do Instituto Smithsonian removeu a referência explícita ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de uma exposição sobre impeachment, disse um porta-voz na quinta-feira.

O museu em Washington D.C. fez a mudança como parte de uma revisão que concordou em realizar após a pressão da Casa Branca para remover o diretor de um museu de arte, disse uma fonte ao Washington Post, que relatou a remoção pela primeira vez.

Em um comunicado, o porta-voz disse que 'uma exposição futura e atualizada incluirá todos os impeachments'.

Trump assinou um decreto em março pedindo que 'ideologias impróprias, divisivas ou antiamericanas' fossem removidas do Smithsonian -- o vasto museu e instituição de pesquisa que é o principal espaço de exposição da história e cultura dos EUA.

O decreto levantou a preocupação de interferência política na instituição, bem como o medo de que o governo esteja desfazendo décadas de progresso social e minando o reconhecimento de fases críticas da história norte-americana.

'Em setembro de 2021, o museu instalou um rótulo temporário sobre o conteúdo relativo aos impeachments de Donald J. Trump. Era para ser uma medida de curto prazo para abordar os eventos atuais na época, no entanto, o rótulo permaneceu no local até julho de 2025', disse o porta-voz em um e-mail.

O Washington Post informou que a exposição agora observa que 'apenas três presidentes enfrentaram seriamente a remoção'.

O rótulo temporário -- que dizia 'Case under redesign (history happens)', Caso sob redesenho (a história acontece) em tradução livre -- também oferecia informações sobre os processos de impeachments dos ex-presidentes Andrew Johnson, em 1868, e Bill Clinton, em 1998, bem como de Richard Nixon, que teria sofrido impeachment se não tivesse renunciado em 1974, informou o jornal, citando uma fotografia do rótulo.

O porta-voz disse que, após uma análise do conteúdo, o Smithsonian decidiu restaurar a exposição de acordo com sua aparência em 2008.

O Smithsonian recebe a maior parte de seu orçamento do Congresso dos EUA, mas é independente do governo na tomada de decisões.

Em junho, Kim Sajet deixou o cargo de diretor da National Portrait Gallery, que faz parte do Smithsonian, após críticas de Trump.

No primeiro mandato de Trump, de 2017 a 2021, ele se tornou o primeiro presidente a ter um processo de impeachment duas vezes -- a primeira vez por causa de um pedido para que a Ucrânia investigasse o ex-presidente Joe Biden e seu filho Hunter, e a segunda por causa do ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA por partidários de Trump.

Os três presidentes que sofreram processos de impeachment -- ou foram acusados de má conduta -- pela Câmara dos Deputados foram absolvidos pelo Senado.

(Reportagem de Kanishka Singh, em Washington)

Reuters

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