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Na semana do Copom, mercado mantém projeção de que Selic ficará em 14,75% até o fim do ano

Na semana do Copom, mercado mantém projeção de que Selic ficará em 14,75% até o fim do ano

Reuters

16/06/2025

Placeholder - loading - Sede do Banco Central em Brasília 26/12/2024. REUTERS/Ueslei Marcelino
Sede do Banco Central em Brasília 26/12/2024. REUTERS/Ueslei Marcelino

SÃO PAULO (Reuters) - Dias antes da próxima decisão de política monetária do Banco Central, analistas consultados pela autarquia mantiveram a projeção de que a taxa Selic permanecerá no patamar atual de 14,75% até o fim deste ano, enquanto reduziram a expectativa para a inflação brasileira em 2025 e subiram as previsões de crescimento, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a mediana das projeções para a Selic em 2025 continuou em 14,75% pela 6ª semana consecutiva, enquanto para 2026 a previsão ainda é de que a taxa atingirá 12,50%.

Os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) voltam a se reunir na terça e quarta-feiras para a próxima decisão de juros, após sinalizarem na reunião anterior que entrarão no encontro deste mês com suas opções em aberto, o que foi reforçado em falas recentes do presidente Gabriel Galípolo.

Na curva de juros, as apostas na manutenção dos juros são majoritárias em 70%, com 30% de chance de que a autarquia eleve a Selic em 0,25 ponto percentual.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda a previsão de que o IPCA terá alta de 5,25% ao fim deste ano, abaixo da projeção de avanço de 5,44% na pesquisa anterior, no que foi a 3ª semana consecutiva de redução da expectativa. Para 2026, a projeção para a inflação brasileira foi a 4,50%, mesmo patamar da semana anterior.

O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

O resultado vem na esteira dos dados do IPCA de maio na semana anterior, com a alta do índice desacelerando mais do que o esperado tanto na base mensal quanto no acumulado em 12 meses, conforme os custos dos alimentos e dos transportes compensaram o aumento da energia elétrica.

Em relação ao crescimento da economia brasileira, a previsão no Focus é de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresça 2,20% neste ano, acima da expansão de 2,18% projetada na semana anterior. Em 2026, a expectativa de crescimento subiu para 1,83%, ante 1,81% há uma semana.

No Focus desta segunda, houve ainda reduções na expectativa para o preço do dólar no final de 2025, a R$5,77, de R$5,80 anteriormente, e de 2026, a R$5,80, de R$5,89 na semana anterior.

A divisa norte-americana acumula queda ante o real de 10,3% neste ano, em movimento puxado por um processo de correção de preço, após sua disparada no fim do ano passado, e maior incerteza em relação aos planos tarifários dos Estados Unidos.

(Por Fernando Cardoso)

Reuters

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