Nervosismo cresce na capital da República Democrática do Congo enquanto rebeldes avançam no leste
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Por Ange Kasongo e Sonia Rolley
KINSHASA (Reuters) - Enquanto rebeldes apoiados por Ruanda passeavam pelas ruas da segunda maior cidade do leste da República Democrática do Congo, o gabinete do presidente Felix Tshisekedi alegava que o local ainda estava sob controle do seu Exército e de “valentes” forças aliadas.
Foi a mais recente atitude chocante do líder de 61 anos que alimentou uma sensação de preocupação e pânico na capital Kinshasa, a 1.600 quilômetros de distância, onde alguns moradores estão tentando mudar suas famílias para o exterior em meio a conversas abertas sobre um possível golpe de Estado.
“Nunca houve qualquer questão de combates em Bukavu. Ficou claro para todas as pessoas no local que os ruandeses e seus auxiliares entrariam”, disse um general do Exército, que expressou perplexidade com uma declaração divulgada pelo gabinete do presidente no último domingo.
Tshisekedi, acrescentou, “não tem as fontes certas”.
O nervosismo é visível nas ruas de Kinshasa, com o Exército oferecendo pouca resistência contra o avanço do grupo rebelde M23 e moradores questionando se Tshisekedi compreende o risco que isso representa.
Embaixadas começaram a usar veículos blindados para chegar ao aeroporto e estão enviando alguns funcionários para Brazzaville, capital da República do Congo, no outro lado do Rio Congo.
Três autoridades governamentais de Kinshasa disseram à Reuters que estão organizando as saídas de suas famílias do país.
((Tradução Redação Rio de Janeiro))
REUTERS PF
Escrito por Reuters
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