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O Gênio Criativo que Protagonizou a História do Pop

Explore a trajetória inovadora de Nile Rodgers, o maestro por trás de sucessos atemporais e uma influência duradoura na música contemporânea

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O “Forrest Gump do pop”, Nile Rodgers, completa 72 anos hoje. Seja no front stage, seja no backstage, ele esteve presente em praticamente todos os maiores acontecimentos no mundo da música. Ao portal g1, em 2019, o músico disse em entrevista que muitas pessoas o chamam assim, uma vez que ele está em todos os lugares. E, segundo Rodgers, “E eu digo que é porque eu saio muito. Sempre estou fazendo algo, então coisas acontecem à minha volta – muitas vezes eu sou o motivo para acontecerem. Eu me sinto o músico mais sortudo do mundo."

Em meio a tantos questionamentos acerca da indústria fonográfica atual e dos rumos que a música está tomando, uma pessoa que já vivenciou tantas eras criando e produzindo e permanece se reinventando precisa saber navegar nesse meio muito bem. Mais do que isso, Rodgers poderia ter parado depois de tantos marcos indeléveis no mundo da música. Porém, o seu talento e seu conhecimento são tamanhos que ele conseguiu produzir sucessos atemporais por 5 décadas.

Confira seus maiores marcos ao longo dos anos:

Anos 70

  • 1973: Introduz as apresentações para o Jackson 5 com a Big Apple Band.
  • 1977: Cria o Chic, conhecido por sucessos disco como 'Le freak'.
  • 1979: Produz o hino LGBTQ+ 'We are family', do Sister Sledge.
  • 1979: 'Good times', do Chic, é sampleada em 'Rapper's delight', do The Sugarhill Gang, um dos primeiros marcos do hip hop.

Anos 80

  • 1980: Produz 'Diana', de Diana Ross.
  • 1983: Produz 'Let's dance', o disco mais vendido de David Bowie.
  • 1984: Produz 'Like a virgin', o primeiro álbum número 1 na 'Billboard' de Madonna.
  • 1985: Produz 'She's a boss', o primeiro disco solo de Mick Jagger.
  • 1986: Participa de 'True colours', de Cindy Lauper.

Anos 90

  • 1995: Participa de 'Money', do álbum 'History' de Michael Jackson.
  • 1997: 'We are family' é sampleada em 'Getting jiggy wit' it', o primeiro sucesso de Will Smith.

Anos 00

  • 2003: Recebe sua primeira indicação ao 'Rock 'n' Roll Hall of Fame'.
  • 2004: Participa de 'You had me', o maior sucesso de Joss Stone no Reino Unido.

Anos 10

  • 2013: É coautor e grava 'Get lucky', um sucesso do Daft Punk. Participa de 'True', de Avicii, um dos hits do ano.
  • 2014: Ganha três Grammys: Gravação do ano e Melhor performance pop de duo ou dupla (Get Lucky) e Álbum do ano (Random Access Memories).
  • 2015: É homenageado com o Prêmio de Mérito do Presidente pela Ala de Produtores e Engenheiros da Academia de Gravação em 2015.
  • 2017: É introduzido no Rock and Roll Hall of Fame como membro da Chic.
  • 2023: Ganha Grammy por "Melhor Canção de R&B" (CUFF IT).

https://youtu.be/CCHdMIEGaaM?si=4z6pCQUjvA6ugmeN

E, de todas as eras que presenciou, quando perguntado sobre qual era escolheria para lançar um hit que teria o primeiro lugar garantido, o músico respondeu: agora. Em entrevista para a AXS TV de 2023, Nile explicou a sua resposta, começando por dizer que não entende a cena atual da música. “Quando eu era mais jovem e havia lojas de vinil e discos e a estação de rádio, havia um caminho para o sucesso que todos nós meio que seguíamos. Isso não significa que você foi bem-sucedido, apenas significava que esse era o caminho que você seguiu. O caminho atual, eu não entendo, embora eu esteja trabalhando com jovens de 20 anos. Estou trabalhando com muitos jovens e eles têm uma responsabilidade diferente com seu público.”

De fato, em uma era em que, segundo um relatório da Luminate, uma empresa de dados e insights, são lançadas 120 mil novas músicas por dia, não existe mais um caminho para o sucesso tão definitivo quanto havia antes. O avanço da tecnologia e a consequente facilitação da produção musical permitiram uma democratização maior com relação ao cenário de monopólio de gravadoras de antigamente, mas isso também cria espaço para uma competição maior entre os artistas e uma dificuldade em se manter um hit no topo por muito tempo.

Bernard Edwards e Nile Rodgers

Nile completou que “Quando eu fazia um disco antigamente, eu sabia que a única coisa que eu tinha que fazer era seduzir a próxima pessoa na cadeia alimentar. Então, tudo o que eu tinha que fazer era ter certeza de que a pessoa da promoção realmente gostasse do disco, e tudo o que eu precisava era que essa pessoa quisesse ouvi-lo duas vezes. Eu toco a música e eles dizem: posso ouvir isso de novo? E eu digo: sim! [...] Se você tocasse nosso disco duas vezes, sentiríamos que estávamos a caminho do sucesso. Agora, uma pessoa pode tocar um disco quando quiser, eu nem sei se ela se sente obrigada a ouvir a coisa toda, eu não entendo nada disso. Então, eu só faço discos com as pessoas porque eu as amo, eu as conheço e nós curtimos, mas eu não sei o que elas fazem depois que vão embora.”

Ademais, em comunicado feito à Câmara dos Comuns Britânica em dezembro de 2023, o astro de Nova York declarou não ter dificuldades com o streaming — longe disso —, mas sim com “o negócio ao qual o streaming pertence”, que, segundo ele, teria agravado significativamente a condição dos músicos. A título de exemplo, ele mencionou o icônico álbum “Let’s Dance”, de David Bowie, que foi lançado em 1983 e coproduzido pelo próprio artista. Naquele momento, o ícone britânico havia deixado a RCA e assinado um novo contrato com a EMI America Records.

“[A gravadora] deu a ele todo o tempo para tentar criar um hit, ele me ligou e nós o fizemos. [As gravadoras] assumiam riscos financeiros e apostavam nos artistas em que acreditavam, até dar certo”, disse.

De acordo com Nile, essa tolerância e abertura para assumir riscos não estão mais presentes: “Esses dias realmente acabaram”.

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Toque para aumentar

“Eu tenho 71 anos, e faço isso [música] há 50. Em 50 anos, você imaginaria que, com o advento de todas as novas tecnologias, pessoas como eu teriam uma vida muito melhor, as coisas seriam mais fáceis, todos lucraríamos juntos, mas não é o caso. Há algo terrivelmente errado com isso”, argumentou.

O legado de Nile Rodgers é um testemunho de sua habilidade inigualável de navegar por diferentes eras da música e de moldar o som de gerações. Com uma carreira que abrange mais de cinco décadas, ele não apenas foi protagonista em momentos icônicos da música pop, mas também se reinventou continuamente, adaptando-se às mudanças de um setor em constante evolução. Sua experiência e visão, tão valiosas na indústria fonográfica de hoje, ressaltam a importância da criatividade e audácia, mesmo frente aos desafios contemporâneos.

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