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Olhem além do lucro para curar 'mundo dilacerado', diz papa aos líderes em Davos

Placeholder - loading - Papa Francisco no Vaticano  7/1/2024   Divulgação via REUTERS
Papa Francisco no Vaticano 7/1/2024 Divulgação via REUTERS

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Por Philip Pullella

CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Francisco pediu nesta quarta-feira aos líderes políticos, econômicos e empresariais do Fórum Econômico Mundial em Davos que olhem além do lucro e tentem curar um mundo 'cada vez mais dilacerado' com decisões morais e éticas.

Em sua mensagem aos líderes mundiais que se reúnem no resort suíço, Francisco pediu que eles enfrentem as 'injustiças que estão na raiz dos conflitos', principalmente a fome e a exploração de recursos naturais para o benefício de poucos.

'Infelizmente, ao olharmos ao nosso redor, encontramos um mundo cada vez mais dilacerado, no qual milhões de pessoas - homens, mulheres, pais, mães, filhos - cujos rostos são, em sua maioria, desconhecidos para nós, continuam a sofrer, principalmente pelos efeitos de conflitos prolongados e guerras reais', escreveu Francisco, de 87 anos.

Francisco, que tem feito da defesa dos pobres e dos imigrantes uma das marcas de seu papado de 11 anos, disse que a globalização precisa ter uma 'dimensão fundamentalmente moral' nas discussões econômicas, culturais e políticas que ocorrem no Fórum Econômico Mundial.

Os Estados e as empresas precisam se unir para promover modelos de globalização 'eticamente sólidos' que coloquem o bem comum acima da 'busca do poder e do ganho individual', disse ele.

'Como é possível que no mundo de hoje as pessoas ainda estejam morrendo de fome, sendo exploradas, condenadas ao analfabetismo, sem assistência médica básica e sem abrigo?', perguntou.

O papa nascido na Argentina, o primeiro do Sul Global, disse que a situação mundial exige que 'as próprias empresas sejam cada vez mais guiadas não apenas pela busca do lucro justo, mas também por altos padrões éticos'.

A 'exploração generalizada' de trabalhadores com salários baixos e sem perspectivas reais de desenvolvimento pessoal e profissional precisa acabar, afirmou ele.

'Espero, portanto, que os participantes do Fórum deste ano estejam conscientes da responsabilidade moral que cada um de nós tem na luta contra a pobreza, na conquista de um desenvolvimento integral para todos os nossos irmãos e irmãs e na busca de uma coexistência pacífica entre os povos', disse.

Escrito por Reuters

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