Operador Nacional do Sistema Elétrico pode recomendar volta do horário de verão
Relatório aponta desequilíbrio em termos de potência
Redação
09/07/2025
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou nesta terça-feira (8) o planejamento da operação (PEN 2025) dos próximos cinco anos, com uma avaliação das condições de atendimento ao mercado previsto de energia elétrica. Entre os destaques está a estimativa de crescimento da carga de energia de 14,1% no período, uma média de 3,4% ao ano.
De acordo com o ONS, a mudança no perfil da matriz elétrica, com a crescente participação das fontes renováveis no atendimento ao Sistema Interligado Nacional (SIN) exige maior flexibilidade das fontes convencionais, especialmente das hidrelétricas.
“Com o crescimento das fontes intermitentes, novos desafios também surgiram para a operação. Dessa forma, precisamos cada vez mais de flexibilidade no sistema, com fontes de energia controláveis, que nos atendam de forma rápida para termos o equilíbrio entre a oferta e a demanda de energia, especialmente nos horários em que temos as chamadas rampas de carga. Isso é fundamental para garantir a segurança e a estabilidade do sistema elétrico brasileiro”, destacou o diretor-geral do ONS, Marcio Rea.
Em relação ao atendimento de potência sob o ponto de vista conjuntural, o documento reforça a necessidade de preparar o sistema para elevados montantes de despacho termelétrico no segundo semestre, principalmente a partir de outubro.
“As análises energéticas do PEN 2025 indicam um equilíbrio estrutural do SIN durante o horizonte (2026/2029). No entanto, com relação ao atendimento de potência, os resultados deste relatório mostram um aprofundamento do déficit estrutural para atendimento ao requisito de potência e nos fazem recomendar ao Poder Concedente que organize tempestivamente leilões anuais para contratar recursos para aumentar a oferta do atributo potência”, afirmou o diretor de Planejamento do ONS, Alexandre Zucarato,
Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Zucarato disse que a volta do horário de verão pode ser recomendado como “imprescindível”.
Redação