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Otan se compromete a aumentar gastos e reafirma defesa coletiva

Otan se compromete a aumentar gastos e reafirma defesa coletiva

Reuters

25/06/2025

Placeholder - loading - Cúpula da Otan em Haia  25/6/2025   REUTERS/Claudia Greco
Cúpula da Otan em Haia 25/6/2025 REUTERS/Claudia Greco

Por Andrew Gray e Sabine Siebold e Jeff Mason

HAIA (Reuters) - Os líderes da Otan apoiaram nesta quarta-feira um grande aumento nos gastos com defesa e reafirmaram seu compromisso de se defenderem mutuamente de ataques, após uma breve cúpula feita sob medida para o presidente dos EUA, Donald Trump.

Em uma breve declaração, a Otan endossou uma meta de gastos com defesa mais alta, de 5% do PIB, até 2035 -- uma resposta a uma exigência de Trump e aos temores dos europeus de que a Rússia represente uma ameaça crescente à sua segurança após a invasão da Ucrânia em 2022.

'Reafirmamos nosso compromisso férreo com a defesa coletiva, conforme consagrado no Artigo 5 do Tratado de Washington -- que um ataque a um é um ataque a todos', informou o comunicado, depois que Trump gerou preocupação na terça-feira ao dizer que havia 'inúmeras definições' da cláusula.

Porém, pouco antes da abertura da cúpula, Trump disse sobre os outros membros da Otan: 'Estamos com eles até o fim'.

GASTOS AUMENTARÃO EM CENTENAS DE BILHÕES

A aliança de 32 nações, por sua vez, atendeu a um apelo de Trump para que outros países aumentem seus gastos com defesa para reduzir a dependência da Otan em relação aos EUA.

O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, reconheceu não ser fácil para os países europeus e o Canadá encontrarem o dinheiro extra, mas disse que é vital fazer isso.

'Meus colegas na mesa de negociações estão absolutamente convencidos de que, dada a ameaça dos russos e a situação da segurança internacional, não há alternativa', declarou o ex-primeiro-ministro holandês aos repórteres em sua cidade natal, Haia.

A nova meta de gastos -- a ser alcançada nos próximos 10 anos -- representa um salto de centenas de bilhões de dólares por ano em relação à meta atual de 2% do PIB, embora seja medida de forma diferente.

Os países gastariam 3,5% do PIB em defesa básica -- como tropas e armas -- e 1,5% em medidas mais amplas relacionadas à defesa, como segurança cibernética, proteção de gasodutos e adaptação de estradas e pontes para suportar veículos militares pesados.

Todos os membros da Otan apoiaram uma declaração que consagra a meta, embora a Espanha tenha declarado que não precisa atingir a meta e que pode cumprir seus compromissos gastando muito menos.

Rutte contesta isso, mas aceitou um acordo diplomático com o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez como parte de seus esforços para dar a Trump uma vitória diplomática e fazer com que a cúpula transcorra sem problemas.

A Espanha disse nesta quarta-feira que não esperava que sua posição tivesse qualquer repercussão.

(Reportagem adicional de Lili Bayer, Anthony Deutsch, Bart Meijer, Stephanie van den Berg, John Irish, Gram Slattery e Charlotte Van Campenhout)

Reuters

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