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Países alertam para atraso em avaliação do clima global após a saída dos EUA

Placeholder - loading - Pessoas caminham em estrada inundada após fortes chuvas em Durban, África do Sul 20/02/2025 REUTERS/Rogan Ward
Pessoas caminham em estrada inundada após fortes chuvas em Durban, África do Sul 20/02/2025 REUTERS/Rogan Ward

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Por Kate Abnett e Valerie Volcovici

BRUXELAS/WASHINGTON (Reuters) - A União Europeia, o Reino Unido e países em desenvolvimento vulneráveis ao clima manifestaram preocupação com os atrasos na próxima avaliação global das mudanças climáticas, a ser realizada pelo painel de ciência climática da ONU, após o governo dos Estados Unidos se retirar do processo.

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), órgão da ONU que reúne cientistas climáticos de quase 200 países para avaliar a saúde do planeta, se reunirá em Hangzhou, na China, na próxima semana, para planejar seu próximo relatório global.

'Será vital que todas as contribuições do grupo de trabalho para o Sétimo Relatório de Avaliação sejam preparadas a tempo', disse declaração conjunta vista pela Reuters nesta sexta-feira, assinada pelo chefe climático da União Europeia, Wopke Hoekstraem, e ministros de 17 países, incluindo Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Ilhas Marshall e Guatemala.

'Devemos a todos que estão sofrendo os impactos da crise climática agora, e às gerações futuras, tomar decisões sobre o futuro do nosso planeta com base nas melhores evidências e conhecimentos disponíveis para nós', disse a declaração.

Na quinta-feira, a Reuters noticiou que o governo Trump suspendeu a participação de cientistas norte-americanos no IPCC e não participará da reunião em Hangzhou na próxima semana.

Autoridades familiarizadas com as negociações disseram que os países por trás da declaração estão preocupados com a possibilidade de o relatório não ser concluído a tempo de informar o próximo 'balanço' do Acordo de Paris em 2028, quando cerca de 200 países vão avaliar o progresso na contenção da mudança climática e devem concordar com medidas mais rígidas para evitar o aumento do aquecimento.

No mês passado, o presidente dos EUA, Donald Trump, também ordenou que os o país se retirasse novamente do Acordo de Paris sobre o clima e movimentou-se para reverter as políticas climáticas do governo Biden.

Enquanto isso, o bilionário Elon Musk lidera a tentativa da administração de livrar o governo federal do que ele chama de gastos desnecessários e reduzir a força de trabalho federal, cortando indiscriminadamente o financiamento para ações relacionadas ao clima e dispensando funcionários que trabalham com ciência climática, justiça climática e energia limpa.

Uma segunda declaração, publicada nesta sexta-feira pelos Países Menos Desenvolvidos -- um grupo de 45 das nações mais vulneráveis do mundo -- disse que não há desculpa para qualquer atraso no processo.

'Qualquer retrocesso nessa questão do processo será visto como o que é: politização da ciência às custas dos países vulneráveis', disseram em um comunicado.

'As pessoas do mundo em desenvolvimento não têm nada a ganhar com a restrição do acesso à ciência disponível gratuitamente do IPCC.'

O último 'balanço' do Acordo de Paris, na cúpula climática COP28 em 2023, viu quase 200 países concordarem em fazer a transição na direção oposta dos combustíveis fósseis.

O acordo tomou como base relatório anterior do IPCC, que expôs as dramáticas mudanças causadas pela humanidade no clima do planeta e os cortes drásticos nas emissões necessários para evitar novos desastres.

(Reportagem de Kate Abnett e Valerie Volcovici)

Escrito por Reuters

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