Países da Organização Mundial da Saúde não convidam Taiwan para assembleia anual
Países da Organização Mundial da Saúde não convidam Taiwan para assembleia anual
Reuters
19/05/2025
GENEBRA (Reuters) - Os Estados membros da Organização Mundial da Saúde rejeitaram na segunda-feira uma proposta de convidar Taiwan para sua assembleia anual em Genebra, depois que a China expressou sua oposição.
Belize e São Vicente e Granadinas, que estão entre os 12 países restantes com laços diplomáticos formais com Taiwan, falaram em nome de um grupo de países que apresentou uma proposta para incluí-la como observadora na reunião da OMS deste ano.
São Vicente descreveu a exclusão de Taiwan como 'injusta e autodestrutiva' e o enviado de Belize disse que isso 'enfraquece nossa capacidade coletiva de preparação e resposta'.
Nenhum país ocidental importante falou em nome de Taiwan ou assinou a proposta, e os Estados Unidos, que planejam deixar a OMS, deixaram seu assento vazio.
Mas a China, que considera a ilha de Taiwan, governada democraticamente, como seu território, e o Paquistão se opuseram à moção e a assembleia aceitou a exclusão de Taiwan.
'A proposta desafia abertamente a autoridade da ONU e a ordem internacional do pós-guerra', disse o embaixador chinês Chen Xu, que faz parte de uma delegação chinesa de mais de 200 pessoas na reunião.
Uma declaração do Ministério das Relações Exteriores da China informou que a postura 'separatista' das autoridades taiwanesas levou à perda de uma base política para sua participação na assembleia. Negou que houvesse qualquer lacuna na preparação para pandemias devido à exclusão de Taiwan, chamando isso de 'mentira política'.
Entre 2009 e 2016, Taiwan participou das sessões da assembleia da OMS como observadora sob a administração do então presidente Ma Ying-jeou, que assinou acordos comerciais e de turismo importantes com a China.
A questão de sua participação se repete anualmente.
Taiwan é excluída da maioria das organizações internacionais devido às objeções da China.
(Reportagem de Emma Farge)
Reuters