Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1

Papa diz temer banho de sangue na Venezuela, mas não tomará partido por ora

Papa diz temer banho de sangue na Venezuela, mas não tomará partido por ora

Thomson Reuters

28/01/2019

Placeholder - loading - Imagem da noticia "Papa diz temer banho de sangue na Venezuela, mas não tomará partido por ora"

Por Philip Pullella

A BORDO DO AVIÃO PAPAL (Reuters) - O papa Francisco disse no domingo que teme um banho de sangue na Venezuela, mas que é prematuro tomar partido porque isso poderia provocar mais estragos.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, está enfrentando um desafio inédito à sua autoridade desde que o líder da oposição Juan Guaidó se autodeclarou presidente interino, citando uma eleição fraudulenta e conquistando amplo apoio internacional.

'Neste momento apoio todo o povo venezuelano porque é um povo que está sofrendo', disse o papa a repórteres no avião que o levava de volta do Panamá, onde fez um apelo por uma solução justa e o respeito aos direitos humanos na Venezuela.

'Sofro com o que está acontecendo na Venezuela', afirmou.

'O que é que me assusta? O derramamento de sangue', disse. 'O problema da violência me assusta. Depois de todos os esforços feitos na Colômbia, o que aconteceu na academia de polícia foi horrível. O derramamento de sangue não resolve nada.'

O pontífice se referiu a um ataque com bomba em uma academia de polícia de Bogotá que matou 21 pessoas. O governo culpou o grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN), que iniciou conversas de paz com a gestão anterior.

Francisco respondia a um jornalista mexicano que lhe disse que os venezuelanos 'querem ouvir seu papa latino-americano'.

No domingo, Israel e Austrália se somaram aos países que apoiam Guaidó, e o governo do presidente norte-americano, Donald Trump, disse que aceitou o membro da oposição Carlos Alfredo Vecchio como representante diplomático do país nos Estados Unidos.

O papa argentino disse aos repórteres: 'Se eu dissesse 'ouçam estes países' ou 'ouçam aqueles países'... me colocaria em um papel que desconheço, seria uma imprudência pastoral da minha parte, e eu causaria danos.'

Reino Unido, Alemanha, França e Espanha disseram que reconhecerão Guaidó se Maduro não convocar novas eleições em oito dias, um ultimato que a Rússia disse ser 'absurdo' e que o ministro das Relações Exteriores venezuelano classificou como 'infantil'.

EUA, Canadá, a maioria dos países latino-americanos e muitas nações europeias dizem que Maduro fraudou a eleição de maio que lhe deu um segundo mandato.

Thomson Reuters

Compartilhar matéria

Mais lidas da semana

 

Carregando, aguarde...

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.