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Parlamento da Ucrânia ratifica acordo de minerais com EUA e espera obter mais armas

Parlamento da Ucrânia ratifica acordo de minerais com EUA e espera obter mais armas

Reuters

08/05/2025

Placeholder - loading - Vista de Parlamento da Ucrânia, em Kiev 08/05/2025 REUTERS/Andrii Nesterenko
Vista de Parlamento da Ucrânia, em Kiev 08/05/2025 REUTERS/Andrii Nesterenko

Por Elizabeth Piper e Yuliia Dysa

KIEV (Reuters) - O Parlamento da Ucrânia ratificou nesta quinta-feira um acordo sobre minerais assinado com os Estados Unidos, através do qual Kiev espera garantir futura assistência militar de Washington em sua batalha para repelir as tropas russas de seu território.

Apesar das dúvidas de alguns parlamentares ucranianos sobre se o governo havia fornecido a eles todas as informações sobre o acordo e sobre alguns de seus compromissos, 338 votaram a favor da ratificação e nenhum foi contra.

'O Parlamento ucraniano ratificou o histórico Acordo de Parceria Econômica entre a Ucrânia e os Estados Unidos', disse a primeira vice-premiê Yulia Svyrydenko em publicação no X.

'Esse documento não é apenas uma construção legal - é a base de um novo modelo de interação com um parceiro estratégico importante.'

Alguns parlamentares levantaram preocupações sobre a falta de detalhes de algumas das disposições do acordo, tais como a forma como um fundo de investimento previsto para a reconstrução da Ucrânia será administrado ou como quaisquer contribuições serão feitas.

Svyrydenko convocou uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira para responder a algumas dessas preocupações, dizendo que o fundo de investimento estará operacional em algumas semanas e que seu sucesso dependerá do nível de envolvimento dos EUA.

Dois suplementos explicarão os detalhes e serão publicados em uma data posterior, disseram as autoridades sobre o acordo, que pode não ter retorno por uma década ou mais.

A ratificação no Parlamento ocorre um dia antes de a Rússia - que lançou uma invasão em grande escala na Ucrânia em fevereiro de 2022 - tentar mostrar sua força em um desfile militar para comemorar o 80º aniversário da derrota da Alemanha nazista.

Esses preparativos foram ofuscados por ataques de drones ucranianos, e Kiev espera que a ratificação do acordo de minerais reforce sua posição nas negociações de cessar-fogo, que até agora pouco fizeram para diminuir a distância entre Moscou e Kiev, para frustração do presidente dos EUA, Donald Trump.

As exigências da Rússia para que a Ucrânia ceda todas as terras que o presidente russo, Vladimir Putin, alega ter anexado e aceite a neutralidade permanente têm sido rejeitadas por Kiev, que diz que isso equivaleria à rendição e deixaria o país sem defesa.

A Ucrânia expressou sua disposição em aceitar uma proposta dos EUA para decretar um cessar-fogo imediato e provisório de 30 dias, que poderia ser estendido por acordo mútuo entre as partes, e acusou o Kremlin de ignorar o plano. Putin propôs um cessar-fogo de apenas três dias - de 8 a 10 de maio.

O acordo de minerais, assinado no mês passado em Washington, fornece aos EUA acesso preferencial a novos negócios de minerais ucranianos e estabelece o fundo de investimento, que pode ser usado para a reconstrução da Ucrânia nos primeiros 10 anos.

Depois de meses de negociações tensas que quase fracassaram em uma reunião caótica entre Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, em fevereiro, o acordo também dá a Kiev algumas vitórias: nenhuma devolução da ajuda que Trump diz que Kiev deve e um reconhecimento dos EUA da intenção ucraniana de ingressar na União Europeia.

A Ucrânia também vê o acordo como um caminho para desbloquear a entrega de novas armas dos EUA, especialmente sistemas adicionais de defesa aérea que precisa urgentemente para repelir os ataques de mísseis cada vez mais frequentes da Rússia. O acordo não ofereceu nenhuma garantia clara disso.

Reuters

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