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Partido governista pró-UE obtém maioria surpreendente em votação decisiva na Moldávia

Partido governista pró-UE obtém maioria surpreendente em votação decisiva na Moldávia

Reuters

29/09/2025

Placeholder - loading - Presidente da Moldávia, Maia Sandu, durante entrevista coletiva após anúncio dos resultados das eleições parlamentares em Chisinau 29/09/2025 REUTERS/Vladislav Culiomza
Presidente da Moldávia, Maia Sandu, durante entrevista coletiva após anúncio dos resultados das eleições parlamentares em Chisinau 29/09/2025 REUTERS/Vladislav Culiomza

Por Dan Peleschuk e Alexander Tanas

CHISINAU (Reuters) - O partido governista pró-europeu da Moldávia obteve uma vitória retumbante sobre seu rival de tendência russa em uma importante eleição parlamentar, segundo os resultados desta segunda-feira, em um grande impulso para a tentativa do país de ingressar na União Europeia e sair da órbita de Moscou.

O desempenho surpreendentemente forte no domingo do Partido de Ação e Solidariedade (PAS) da presidente Maia Sandu contra o Bloco Patriótico foi um alívio para o governo e seus parceiros da UE, que acusaram Moscou de tentar influenciar a votação.

'Estou feliz que nosso caminho para a UE esteja garantido... Quero que a Moldávia seja um país livre e democrático', disse Sandu em uma coletiva de imprensa.

Com todos os votos contados, o PAS ganhou 50,2% contra 24,2% para o Bloco Patriótico, que procurou conduzir a Moldávia -- uma pequena ex-República soviética que fica entre a Ucrânia e a Romênia, membro da UE -- para mais perto da Rússia.

'O povo da Moldávia... escolheu a democracia, a reforma e um futuro europeu, em face da pressão e interferência da Rússia', disse António Costa, presidente do Conselho Europeu, que representa os 27 estados-membros da UE, no X.

Os líderes da França, Alemanha e Polônia, em uma declaração conjunta, também parabenizaram a Moldávia pela 'condução pacífica da eleição, apesar da interferência sem precedentes da Rússia, inclusive com esquemas de compra de votos e desinformação'.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, disse que o resultado da eleição mostrou que Moscou não conseguiu 'desestabilizar' a Moldávia.

No entanto, Moscou -- que nega as acusações de interferência -- acusou as autoridades da Moldávia de impedir que centenas de milhares de seus cidadãos que vivem na Rússia votassem, fornecendo apenas duas seções eleitorais para a grande diáspora.

Perguntado se Moscou reconhecia os resultados, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, observou que algumas forças políticas da Moldávia haviam falado em violações.

Na Moldávia, a eleitora de primeira viagem Ana-Maria Orsu, de 18 anos, disse ter notado que muitos jovens como ela haviam comparecido às urnas.

'Acho que temos um futuro brilhante pela frente', disse ela no centro da capital, Chisinau, no início da segunda-feira.

Os líderes do PAS consideraram a eleição de domingo a mais importante desde a independência da Moldávia da União Soviética em 1991.

O governo de Sandu disse que a Rússia tentou influenciar a votação por meio de desinformação generalizada e compra de votos.

O co-líder do Bloco Patriótico, Igor Dodon, ex-presidente da Moldávia, convocou protestos contra os resultados das eleições.

Nesta segunda-feira, uma pequena multidão de cerca de 100 pessoas se reuniu em frente ao Parlamento, onde Dodon disse que seu partido havia apresentado documentos à Comissão Eleitoral Central que comprovavam as violações de votação.

'O PAS está se agarrando ao poder por meio dos votos da diáspora', disse Dodon, referindo-se ao grande número de moldavos que vivem e trabalham na União Europeia e em outros países.

Ele também disse, sem fornecer provas, que mais de 200.000 pessoas que vivem na Transdniestria, uma região separatista pró-Rússia, não tiveram a chance de votar.

Sandu rejeitou essa crítica, dizendo aos repórteres que a Moldávia não podia influenciar o que acontecia em uma região que não reconhecia o controle do governo moldavo.

'Fizemos o possível para oferecer as condições para que as pessoas da região da Transdniestria, que têm participado genuinamente do processo eleitoral..., pudessem vir e votar, e elas puderam fazer isso', disse ela.

Sandu acrescentou que a eleição de domingo foi justa.

(Reportagem de Dan Peleschuk; Reportagem adicional de Philip Blenkinsop, em Bruxelas; Charlotte Van Campenhout, em Amsterdã; Felix Light, em Tbilisi, e Yuliia Dysa e Olena Harmash, em Kiev)

Reuters

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