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Partido ultraortodoxo israelense abandona governo em razão de lei de recrutamento

Partido ultraortodoxo israelense abandona governo em razão de lei de recrutamento

Reuters

14/07/2025

Placeholder - loading - Membros do Knesset, o parlamento israelense 27/03/2023 REUTERS/Ronen Zvulun/File Photo
Membros do Knesset, o parlamento israelense 27/03/2023 REUTERS/Ronen Zvulun/File Photo

Por Steven Scheer

JERUSALÉM (Reuters) - Um dos partidos ultraortodoxos de Israel, o Judaísmo Unido da Torá (UTJ, na sigla em inglês), informou que está deixando a coalizão governante do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, devido a uma longa disputa sobre um projeto de lei para isentar os alunos da yeshivá do serviço militar.

A yeshivá é uma escola judaica tradicional, dedicada ao estudo religioso.

Seis dos sete membros restantes do UTJ, composto pelas facções Degel Hatorah e Agudat Yisrael, escreveram cartas de renúncia. Yitzhak Goldknopf, presidente do UTJ, havia renunciado há um mês.

Com isso, Netanyahu ficaria com uma maioria mínima de 61 cadeiras no Knesset, ou parlamento, de 120 cadeiras.

Não estava claro se o Shas, outro partido ultraortodoxo, seguiria o exemplo.

Degel Hatorah disse em uma declaração que, após consultar seus principais rabinos, 'e após repetidas violações do governo aos seus compromissos de garantir o status dos estudantes sagrados da yeshivá que se dedicam diligentemente aos estudos... (seus membros do Knesset) anunciaram sua renúncia à coalizão e ao governo'.

Partidos ultraortodoxos argumentaram que um projeto de lei para isentar estudantes da yeshivá era uma promessa fundamental em seu acordo para ingressar na coalizão no final de 2022.

Um porta-voz de Goldknopf confirmou que, no total, sete membros do UTJ no parlamento estão deixando o governo.

Os parlamentares ultraortodoxos há muito ameaçam deixar a coalizão por causa do projeto de lei de recrutamento.

Alguns partidos religiosos na coalizão de Netanyahu estão buscando isenções, para estudantes de seminários judeus ultraortodoxos, do serviço militar obrigatório, enquanto outros querem eliminar completamente tais isenções.

Os ultraortodoxos estão há muito tempo isentos do serviço militar, que se aplica à maioria dos jovens israelenses, mas no ano passado a Suprema Corte ordenou que o Ministério da Defesa acabasse com essa prática e começasse a recrutar estudantes de seminários.

Netanyahu vinha se esforçando para resolver o impasse em sua coalizão por meio de um novo projeto de lei de recrutamento militar, o que levou à crise atual.

A isenção, em vigor há décadas e que ao longo dos anos poupou um número cada vez maior de pessoas, se tornou um assunto acalorado em Israel, com os militares envolvidos na guerra em Gaza.

(Reportagem de Steven Scheer)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS FDC

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