Leilão foi 'ótimo' para Petrobras, que arrematou fatias em 13 blocos, diz diretora
Leilão foi 'ótimo' para Petrobras, que arrematou fatias em 13 blocos, diz diretora
Reuters
17/06/2025
Atualizada em 17/06/2025
Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O resultado do leilão de áreas de petróleo e gás do Brasil realizado nesta terça-feira foi 'ótimo' para a Petrobras, disse a diretora executiva de Exploração e Produção da empresa, Sylvia dos Anjos, à Reuters, após a petroleira ter levado o maior número de blocos da rodada.
A Petrobras venceu um total de dez blocos exploratórios na Bacia da Foz do Rio Amazonas, no litoral do Amapá, em parceria com a ExxonMobil, além de três blocos na Bacia de Pelotas, no litoral Sul do Brasil, com a Petrogal, da Galp.
Por essas fatias, a Petrobras deverá desembolsar um total de R$139 milhões em bônus de assinatura que serão pagos ao governo federal.
'Foi ótimo para nós, gostei muito do resultado, todos felizes. Ficamos com os blocos que queríamos', disse Anjos à Reuters, ao fim do leilão.
Entretanto, a petroleira perdeu algumas disputas durante o leilão.
A Petrobras focou seus lances em ambas as bacias consideradas pela indústria como as novas fronteiras exploratórias do Brasil com maior potencial para descobertas de petróleo e gás.
A Foz do Amazonas tem atraído interesse pela geologia semelhante à registrada em importantes descobertas da ExxonMobil na Guiana, enquanto Pelotas tem se destacado após descobertas na Namíbia, África, que também compartilha geologia parecida.
Dos 10 blocos vencidos na Foz com a ExxonMobil, a Petrobras será operadora em cinco deles, enquanto a norte-americana será a operadora nos demais. Em todos eles cada uma terá 50%.
Já nos blocos vencidos em Pelotas, a Petrobras será operadora, com 70% de participação, e a Petrogal terá os outros 30%.
Em nota, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a companhia conseguiu arrematar as áreas que eram prioridades, oferecendo valores de bônus dentro das suas premissas econômicas.
'Com esse resultado e com a continuidade das nossas atividades exploratórias, inclusive na Margem Equatorial e na Bacia de Pelotas, persistimos otimistas em relação às nossas possibilidades de recomposição de reservas de petróleo e em relação à garantia da segurança energética do Brasil', disse Chambriard.
Depois da Petrobras, a norte-americana Chevron foi a petroleira que levou o maior número de blocos, ao arrematar nove áreas na Foz do Amazonas, em parceria com a chinesa CNPC.
Ao todo, as companhias participantes arremataram 34 dos 172 blocos exploratórios ofertados em leilão organizado pela agência reguladora de setor ANP, com arrecadação total de R$989,2 milhões ao governo.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier e Marta Nogueira)
Reuters