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Plano árabe para Gaza pode envolver contribuição de até US$20 bilhões, dizem fontes

Placeholder - loading - Palestinos caminham entre destroços na Faixa de Gaza 6/2/2025 REUTERS/Dawoud Abu Alkas
Palestinos caminham entre destroços na Faixa de Gaza 6/2/2025 REUTERS/Dawoud Abu Alkas

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Por Nafisa Eltahir e Pesha Magid

CAIRO/RIYADH (Reuters) - O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, deve viajar para Riyadh na próxima quinta-feira, segundo duas fontes de segurança egípcias, onde discutirá um plano árabe para Gaza que pode incluir até US$20 bilhões da região para a reconstrução do enclave.

Estados árabes devem discutir um plano pós-guerra para Gaza para se contrapor à proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconstruir a faixa sob controle norte-americano e deslocar palestinos, o que irritou líderes regionais.

Arábia Saudita, Egito, Jordânia, Emirados Árabes e Catar devem revisar e discutir o plano árabe em Riyadh antes de apresentá-lo em uma cúpula árabe marcada para 4 de março no Cairo, disseram quatro fontes com conhecimento do assunto.

Líderes de países como Jordânia, Egito, Emirados Árabes e Catar, são esperados na sexta-feira na Arábia Saudita, que lidera os esforços árabes, embora algumas fontes tenham dito que a data ainda não foi confirmada.

Estados árabes demonstraram consternação com o plano de Trump de retirar os palestinos de Gaza e reassentar a maioria deles na Jordânia e no Egito para criar a 'Riviera do Oriente Médio'. A ideia foi imediatamente rejeitada pelo Cairo e por Amã e foi considerada profundamente desestabilizadora pela maior parte da região.

Tendo como ponto de partida um plano egípcio, a proposta árabe envolve a formação de um comitê nacional palestino para governar Gaza sem o envolvimento do Hamas e participação internacional na reconstrução, sem deslocar palestinos ao exterior.

Uma contribuição de US$20 bilhões de Estados árabes e do Golfo, citada por duas fontes como uma quantidade provável, pode ser um bom incentivo para Trump aceitar o plano, avalia o acadêmico Abdulkhaleq Abdullah, dos Emirados Árabes.

'Trump é transacional, então US$20 bilhões seriam bem aceitos por ele', afirmou Abdullah.

'Seria muito benéfico para empresas norte-americanas e israelenses', acrescentou.

O gabinete da Autoridade Palestina afirmou em comunicado nesta terça-feira que a primeira fase do plano em discussão custaria aproximadamente US$20 bilhões ao longo de três anos.

Fontes egípcias disseram à Reuters que conversas sobre o volume da contribuição financeira da região ainda estão em andamento.

O plano prevê a reconstrução em um período de três anos, segundo fontes.

'Minhas conversas com líderes árabes, mais recentemente o rei Abdullah, me convenceram de que eles têm uma avaliação realista de qual deve ser seu papel', afirmou o senador Richard Blumenthal a jornalistas em Tel Aviv durante visita a Israel na última segunda-feira.

O ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Saar, afirmou que Israel está aguardando para avaliar o plano, mas alertou que qualquer ideia na qual o Hamas continue a ter uma presença em Gaza é inaceitável.

'Quando ouvirmos o plano, saberemos como lidar com ele', disse.

(Reportagem de Ahmed Mohamed Hassan e Nafisa Eltahir no Cairo; Pesha Magid em Riad; James MacKenzie em Jerusalém; Alexander Cornwell em Tel Aviv e Suleiman al-Khalidi em Amã)

Escrito por Reuters

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