Polícia britânica baleou acidentalmente vítima que morreu em ataque a sinagoga
Polícia britânica baleou acidentalmente vítima que morreu em ataque a sinagoga
Reuters
03/10/2025
Atualizada em 03/10/2025
Por Sam Tabahriti e Hannah McKay
MANCHESTER (Reuters) - A polícia britânica disse nesta sexta-feira que baleou acidentalmente duas vítimas, incluindo uma que morreu, em suas tentativas de controlar um ataque a uma sinagoga de Manchester durante o Yom Kippur, o dia mais sagrado do calendário judaico.
No ataque de quinta-feira, dois homens, Adrian Daulby, 53 anos, e Melvin Cravitz, 66 anos, foram mortos depois que um homem britânico de ascendência síria dirigiu um carro contra pedestres e depois começou a esfaquear várias pessoas do lado de fora da Sinagoga Heaton Park Hebrew Congregation, em Manchester.
O agressor, que foi morto a tiros por policiais armados no local, não estava portando uma arma de fogo, disse o chefe da polícia da Grande Manchester, Steve Watson, embora um dos mortos tenha sofrido um ferimento a bala.
'Portanto, esse ferimento pode ter sido sofrido como uma consequência trágica e imprevista da ação urgentemente necessária tomada por meus policiais para pôr fim a esse ataque cruel', afirmou Watson em um comunicado.
Watson disse que acredita-se que outro fiel tenha sofrido um ferimento a bala sem risco de vida, e que é possível que as duas vítimas estivessem juntas atrás da porta da sinagoga, enquanto os fiéis tentavam impedir a entrada do agressor.
A corregedoria da polícia disse que está realizando uma investigação sobre o que aconteceu.
A polícia identificou o agressor como Jihad al-Shamie, 35 anos, e disse que não encontrou nenhum registro que mostrasse que ele havia sido encaminhado ao programa anti-radicalização do governo.
Em comunicado no Facebook, a família de Shamie disse estar 'profundamente chocada' e que quer se distanciar do que classificou de 'ato hediondo' praticado por ele.
O governo britânico prometeu redobrar seus esforços para combater o antissemitismo.
Nesta sexta-feira, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, visitou o local do ataque e conversou com membros da comunidade judaica. Ele não fez nenhuma declaração pública, mas disse anteriormente que al-Shamie queria 'atacar os judeus porque eles são judeus'.
Reuters

