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Policial de Mianmar envolvido em caso de repórteres da Reuters violou código ao copiar depoimentos, diz defesa

Policial de Mianmar envolvido em caso de repórteres da Reuters violou código ao copiar depoimentos, diz defesa

Thomson Reuters

18/06/2018

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Por Thu Thu Aung e Poppy Elena McPherson

YANGON (Reuters) - Um policial que é testemunha no processo contra dois repórteres da Reuters acusados de possuírem segredos de Estado de Mianmar não é confiável, uma vez que obteve depoimentos de testemunhas anteriores, violando o código da polícia, disse o advogado de defesa dos jornalistas nesta segunda-feira.

O major da polícia Tin Win Maung, que é testemunha da acusação, disse ao tribunal que solicitou cópias dos depoimentos dados por todas as outras testemunhas.

A corte de Yangon deve ouvir os argumentos das duas partes em 2 de junho para decidir se Wa Lone, de 32 anos, e seu colega da Reuters Kyaw Soe Oo, de 28 anos, serão acusados de acordo com a Lei de Segredos Oficiais, que acarreta uma pena máxima de 14 anos de prisão.

As audiências pré-julgamento, iniciadas em janeiro, terminaram nesta segunda-feira, quando a procuradoria apresentou sua última testemunha.

Durante o questionamento, Tin Win Maung disse ter copiado os depoimentos porque queria saber mais sobre o caso , já que é uma das autoridades mais graduadas envolvidas.

O advogado de defesa Khin Maung Zaw disse que as ações do policial não são ilegais, mas que violam uma cláusula do Manual de Polícia, uma série de regras sobre o comportamento da polícia.

Ele não é confiável porque violou estes regulamentos policiais , disse ele à Reuters. A suposta testemunha não deve saber o que as testemunhas anteriores disseram porque irá se preparar de acordo com os depoimentos das testemunhas anteriores .

O código diz que, quando um policial é testemunha em um caso, não estará presente no tribunal enquanto o inquérito ou julgamento estiver transcorrendo , senão o magistrado pode objetar às suas provas com a justificativa de que ele ouviu o que todas as outras testemunhas disseram, e naturalmente adaptará os detalhes de sua narrativa aos delas .

O procurador Kyaw Min Aung não quis comentar. O porta-voz da polícia, Myo Thu Soe, não respondeu de imediato a pedidos de comentário.

O porta-voz do governo de Mianmar, Zaw Htay, não estava disponível de imediato para comentar depois da audiência desta segunda-feira, mas havia dito que os tribunais do país são independentes e que o caso será conduzido de acordo com a lei.

Também nesta segunda-feira, advogados de defesa disseram que a acusação não conseguiu demonstrar como os supostos documentos foram parar nas mãos dos repórteres.

Thomson Reuters

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