Polônia abaterá objetos em caso de violações claras do espaço aéreo, diz premiê
Polônia abaterá objetos em caso de violações claras do espaço aéreo, diz premiê
Reuters
22/09/2025
VARSÓVIA (Reuters) - A Polônia, membro da Otan, não hesitará em abater objetos que violem seu espaço aéreo e representem uma ameaça, mas adotará uma abordagem mais cautelosa em situações menos claras, disse o primeiro-ministro na segunda-feira.
A Estônia disse que três caças russos violaram seu espaço aéreo na sexta-feira, aumentando a sensação entre os líderes da Otan de que Moscou está testando a prontidão e a determinação da aliança, com alguns pedindo uma resposta firme. O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reunirá nesta segunda-feira para discutir o incidente.
A Rússia declarou na segunda-feira que a alegação de que seus jatos violaram o espaço aéreo da Estônia é falsa e visa aumentar a tensão.
A suposta incursão sobre a Estônia ocorreu depois que mais de 20 drones russos entraram no espaço aéreo polonês na noite de 9 para 10 de setembro. A Polônia também disse na sexta-feira que dois caças russos violaram a zona de segurança da plataforma de perfuração Petrobaltic no Mar Báltico.
'Tomaremos a decisão de abater objetos voadores quando eles violarem nosso território e sobrevoarem a Polônia -- não há absolutamente nenhuma discussão sobre isso', disse Donald Tusk em uma coletiva de imprensa.
'Quando estamos lidando com situações que não são totalmente claras, como o recente voo de caças russos sobre a plataforma Petrobaltic -- mas sem qualquer violação, porque essas não são nossas águas territoriais -- é preciso realmente pensar duas vezes antes de decidir sobre ações que podem desencadear uma fase muito aguda de conflito', acrescentou.
Tusk disse que também precisaria ter certeza de que a Polônia não estaria sozinha se um conflito começasse a se agravar.
'Eu também preciso ter certeza absoluta... de que todos os aliados tratarão isso exatamente da mesma forma que nós', afirmou ele.
(Reportagem de Alan Charlish e Pawel Florkiewicz)
Reuters

