Polônia acusa Rússia de tentar interferir em eleição presidencial
Polônia acusa Rússia de tentar interferir em eleição presidencial
Reuters
06/05/2025
VARSÓVIA (Reuters) - O ministro de Assuntos Digitais da Polônia, Krzysztof Gawkowski, disse nesta terça-feira que o país enfrenta uma tentativa sem precedentes da Rússia de interferir na eleição presidencial polonesa, à medida que a campanha entra nos estágios finais antes do primeiro turno de votação, em 18 de maio.
A Polônia afirma que seu papel central na ajuda à Ucrânia a tornou um alvo importante para a sabotagem russa, ataques cibernéticos e operações de desinformação. Varsóvia está em alerta máximo, especialmente depois que a Romênia cancelou uma eleição presidencial em dezembro devido a alegações de interferência russa.
A Rússia tem negado repetidamente as acusações de que intervém em pleitos estrangeiros e criticou a decisão de cancelar a eleição romena.
'Durante as atuais eleições presidenciais na Polônia, estamos enfrentando uma tentativa sem precedentes da Rússia de interferir no processo eleitoral', disse Gawkowski em uma conferência de defesa.
'Isso está sendo feito por meio da disseminação de desinformação junto a ataques híbridos à infraestrutura crítica polonesa a fim de paralisar o funcionamento do Estado', acrescentou.
O ministro disse que os ataques têm como alvo empresas de saneamento, usinas de energia e órgãos da administração estadual. Segundo ele, a quantidade de ataques cibernéticos russos na Polônia mais do que dobrou em relação ao ano passado.
'Hoje, na Polônia, a cada minuto do meu discurso, foram registrados cerca de uma dúzia de incidentes direcionados à infraestrutura crítica', disse Gawkowski.
A embaixada russa em Varsóvia não respondeu imediatamente a um pedido de comentário enviado por email.
Varsóvia disse em março que houve um ataque cibernético à agência espacial polonesa. Em 2024, declarou que a agência de notícias estatal provavelmente havia sido atingida por um ataque cibernético russo.
Varsóvia e seus aliados também alegam que Moscou está por trás de incêndios criminosos e sabotagem em toda a Europa. A Rússia rejeita as alegações.
(Reportagem de Karol Badohal e Pawel Florkiewicz)
Reuters