Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1

PPI vai incluir em 2019 mais empresas para eventual venda, diz Mattar

PPI vai incluir em 2019 mais empresas para eventual venda, diz Mattar

Reuters

03/10/2019

Placeholder - loading - Secretário de Desestatização, Salim Mattar, durante evento do BTG Pactual 08/08/2019 REUTERS/Amanda Perobelli
Secretário de Desestatização, Salim Mattar, durante evento do BTG Pactual 08/08/2019 REUTERS/Amanda Perobelli

BRASÍLIA (Reuters) - O governo incluirá mais estatais no grupo das que poderão ser vendidas em nova reunião do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) que será feita ainda neste ano, afirmou o secretário Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar.

Em coletiva de imprensa, ele destacou nesta quinta-feira que não estão no mandato as privatizações de Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Petrobras, mas ponderou que, no futuro, há valor potencial a ser atingido com operações envolvendo essas empresas se sociedade, Congresso e presidente da República assim entenderem.

Questionado sobre o possível impacto para os ativos do governo de falência do conglomerado Odebrecht, após a Caixa ter feito pedido nesse sentido, Mattar avaliou que o episódio ilustra por que o Estado não é eficiente gestor de negócios.

'O Estado brasileiro está se metendo a ser empresário, então ele tem bancos, e os bancos emprestaram para Odebrecht 27 bilhões de reais e Odebrecht está com dificuldade de pagar, está em recuperação judicial e não tem como pagar isso', afirmou.

'Aí pergunto novamente para vocês: deve o Estado ter banco para tomar o cano de 27 bilhões?', completou.

Segundo Mattar, o valor das estatais federais no início do ano foi calculado em 490 bilhões de reais, mas está hoje em '700 e poucos bilhões' em função de valorização sofrida por empresas que são listadas na bolsa.

Ele frisou que é necessário que o governo vá adiante com o processo de privatização uma vez que 'empresas estatais têm sempre benefícios e nem sempre são competidoras muito leais'.

Após o governo ter informado mais cedo que já bateu a meta de 20 bilhões de dólares em privatizações e vendas de ativos em 2019, com 23,5 bilhões de dólares até setembro, Mattar evitou estimar o quanto poderia ser alcançado até o fim do ano, limitando-se a indicar que a cifra será certamente aumentada.

ELETROBRAS

Falando sobre a privatização da Eletrobras, o secretário afirmou que há arcabouço legal a ser respeitado, e que a aprovação do projeto de lei para que a empresa volte ao programa de desestatização pode 'tomar algum tempo'.

'Temos conversado com congressistas de forma a buscar o melhor caminho no caso da Eletrobras. Então preferimos gastar mais tempo em conversa, para depois ter celeridade no processo', disse.

Perguntado sobre o lento andamento da privatização de empresas públicas, com a venda de ativos sendo dominada até o momento por fatias societárias negociadas por estatais, ele reconheceu alguma frustração inicial.

'No primeiro momento, até pela minha ansiedade, está sim mais lento do que eu esperava, mas o Estado brasileiro é tão gigante, é tão lento e burocrático, que nada é fácil de fazer aqui', disse.

(Por Marcela Ayres, com reportagem adicional de Gabriel Ponte)

Reuters

Compartilhar matéria

Mais lidas da semana

 

Carregando, aguarde...

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.