Preço do Master deve recuar com ajuste de 'perímetro' da transação, diz presidente do BRB
Preço do Master deve recuar com ajuste de 'perímetro' da transação, diz presidente do BRB
Reuters
10/04/2025
SÃO PAULO (Reuters) - O Banco de Brasília ainda está conduzindo análises sobre o Banco Master e o preço da compra de ativos da instituição ainda não foi definido mas deve recuar em relação aos indicativos dados pelo grupo brasiliense anteriormente, afirmou o presidente do BRB nesta quinta-feira.
'A diligência neste momento está concentrada na carteira de crédito...sim, é provável que o perímetro da transação que virá exclua bem mais que os R$23 bilhões que divulgamos em conversas com a imprensa', disse Paulo Henrique Bezerra Rodrigues Costa, em conferência após a divulgação de resultados de quarto trimestre do BRB.
'Somente as operações de crédito que estejam alinhadas aos objetivos do novo conglomerado vão ser consideradas como perímetro para o negócio a ser analisado pelo Banco Central', acrescentou.
Na semana passada, Costa afirmou em entrevista à Reuters que o acordo anunciado pelo banco controlado pelo governo do Distrito Federal vai envolver a compra dos ativos mais saudáveis e estrategicamente relevantes do Master para o BRB e que ocorreu após o que Costa chamou de meses de negociações.
Na ocasião, Costa afirmou que o processo de diligência eventualmente poderia reduzir o preço negociado de R$2 bilhões, a ser pago em até seis anos.
Nesta quinta-feira, Costa disse que as operações do Master que interessam ao BRB são as que lidam com segmentos de médias e grandes empresas, cartão de crédito consignado e serviços de câmbio.
'Portanto, os ativos que não tenham garantias ou perfil de risco alinhados aos do BRB não farão parte', acrescentou o presidente do banco.
Questionado se as fatias do Master em empresas como a Oncoclíncas poderiam fazer parte da transação com o BRB, Costa afirmou que 'nenhuma participação em nenhuma empresa que não esteja na atividade bancária faz parte dessa transação'.
(Por Alberto Alerigi Jr.)
Reuters