Premiê da Nova Zelândia discutirá com líderes mundiais reforço ao livre comércio
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Por Lucy Craymer
WELLINGTON (Reuters) - O primeiro-ministro da Nova Zelândia, Christopher Luxon, disse que conversará com outros líderes mundiais por telefone na quinta-feira para discutir como reforçar o livre comércio baseado em regras, diante de uma enxurrada de tarifas dos EUA.
O comércio internacional foi afetado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que anunciou tarifas abrangentes na semana passada sobre dezenas de países, gerando medidas retaliatórias de muitos deles e uma forte volatilidade nos mercados.
Em uma reviravolta surpreendente, nesta quarta-feira Trump disse que suspenderia temporariamente as pesadas tarifas que havia imposto à maioria dos países.
Luxon disse que falaria com líderes mundiais ainda nesta quinta-feira para discutir ações conjuntas para reforçar o sistema de comércio baseado em regras.
Um porta-voz não pôde dar detalhes sobre com quais líderes Luxon contataria ou quando a ligação ou ligações aconteceriam.
A Nova Zelândia continuará a trabalhar com países com ideias semelhantes, para promover o livre comércio como um caminho para a prosperidade e explorar o papel do Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica (CPTPP, na sigla em inglês) no fortalecimento dessa visão, disse Luxon em um discurso na Câmara de Comércio de Wellington.
“Uma possibilidade é que os membros do CPTPP e da União Europeia trabalhem juntos para defender o comércio baseado em regras e assumir compromissos específicos sobre como esse apoio se concretiza na prática”, disse ele em discurso.
Luxon acrescentou que viajaria ao Reino Unido no final de abril para se encontrar com o primeiro-ministro Keir Starmer e falar sobre comércio, segurança e questões geopolíticas.
“Não podemos defender a Nova Zelândia como um país isolado”, disse ele. “Temos que nos posicionar como defensores tanto dos nossos próprios interesses econômicos quanto das instituições que os sustentam.”
Trump impôs uma tarifa de 10% à Nova Zelândia, o limite inferior de suas taxas para todas as importações para os EUA. Wellington afirmou que não retaliaria. Cerca de 12% das exportações da Nova Zelândia foram para os EUA no ano passado.
(Reportagem de Lucy Craymer)
Escrito por Reuters
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