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Presidente da Comissão Europeia enfrenta novas tentativas de destituição

Presidente da Comissão Europeia enfrenta novas tentativas de destituição

Reuters

06/10/2025

Placeholder - loading - Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, discursa durante evento em Turim 03/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, discursa durante evento em Turim 03/10/2025 REUTERS/Remo Casilli

Por Philip Blenkinsop

BRUXELAS (Reuters) - A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, enfrentará tentativas de destituí-la pela segunda vez em três meses, quando grupos de extrema-direita e de esquerda no Parlamento Europeu apresentarem moções de desconfiança nesta semana.

Embora as moções de censura tenham quase nenhuma chance de alcançar a maioria de dois terços dos votos necessários para destituir von der Leyen, elas poderiam expor uma inquietação mais geral sobre sua liderança e desestabilizar a assembleia da UE.

As moções devem ser propostas na segunda-feira pela extrema-direita e pela extrema-esquerda da França -- Jordan Bardella, presidente do Reunião Nacional, e Manon Aubry, do França Insubmissa, respectivamente --, seguidas pela defesa de Von der Leyen e por manifestações de líderes de todos os grupos partidários.

As votações ocorrerão na quinta-feira.

Para Von der Leyen, essa não é uma experiência nova. Em julho, ela também enfrentou uma moção de desconfiança de legisladores principalmente de extrema-direita, à qual sobreviveu confortavelmente.

No entanto, os partidos que não fazem parte da corrente dominante perceberam que é fácil acionar moções de censura, antes raramente usadas, depois que as eleições de 2024 aumentaram a bancada da extrema-direita para mais de 100 parlamentares, sendo que apenas 72 são necessários para apoiar uma moção.

No caso da esquerda, ela também cooptou um parlamentar do grupo de centro-esquerda Socialistas e Democratas e vários Verdes.

As duas moções de censura são diferentes: a da direita reclama das políticas verdes 'equivocadas' e do fracasso em lidar com a migração ilegal, enquanto a da esquerda destaca a inação da UE em relação a Gaza.

Entretanto, ambos os lados concordam que Von der Leyen aceitou um acordo tarifário desequilibrado com os Estados Unidos e que o acordo comercial UE-Mercosul proposto pela Comissão é uma ameaça aos agricultores e ao meio ambiente.

Ambos serão submetidos a votação no Parlamento nos próximos meses, e os resultados não são claros.

(Reportagem de Philip Blenkinsop)

Reuters

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