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Primeira pesquisa Firmus do BC mostra empresas não financeiras prevendo inflação mais alta que bancos

Primeira pesquisa Firmus do BC mostra empresas não financeiras prevendo inflação mais alta que bancos

Reuters

12/08/2024

Placeholder - loading - Sede do Banco Central em Brasília 22/03/2022 REUTERS/Adriano Machado
Sede do Banco Central em Brasília 22/03/2022 REUTERS/Adriano Machado

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central divulgou nesta segunda-feira os primeiros resultados da etapa piloto da nova pesquisa Firmus, que traz a percepção de empresas de fora do setor financeiro sobre seus negócios e as principais variáveis econômicas, apontando uma visão mais pessimista para a inflação do que as projeções de bancos.

O projeto piloto do Firmus tem coletas trimestrais e o resultado divulgado nesta segunda diz respeito à percepção apresentada em maio por 92 empresas participantes.

De acordo com os dados, companhias ouvidas projetavam naquele momento que a inflação brasileira fecharia 2025 em 4,00%, acima da estimativa de 3,77% apontada pelo boletim Focus na ocasião. Para 2026, as empresas estimavam um IPCA de 3,70%, contra 3,60% do apontado pelas instituições financeiras.

“As expectativas de inflação das empresas foram consistentemente maiores que as do Focus”, disse o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, em live organizada pela autarquia, apontando também uma variância maior nas apostas feitas pelas empresas em comparação com o boletim Focus.

Em relação à atividade econômica, segundo a mediana da pesquisa Firmus, o PIB deste ano deve crescer 2,00%, patamar próximo aos 2,01% apontados no Focus.

Segundo o BC, a pesquisa ainda mostrou que a maioria das empresas esperava que o crescimento econômico em seu principal setor de atuação fosse similar ou maior que o crescimento do PIB do país.

O relatório mostrou também que quase metade das empresas ouvidas esperava que os custos de mão de obra aumentassem mais de 4% nos doze meses seguintes, enquanto cerca de um terço previa aumentos alinhados à meta de inflação de 3% -- que tem margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Guillen afirmou que os dados coletados das empresas serão usados pelo BC para análise e formulação de política econômica. Ele ressaltou que essa coleta de informações é relevante porque são as empresas que definem os preços da economia a partir da análise de fatores como o custo e a demanda.

“A gente vai incorporar também, vai ajudar o entendimento, vai ajudar na análise da conjuntura econômica, ele vai se constituir como um instrumento relevante de informação”, disse.

De acordo com o diretor, o boletim Firmus deve ser mantido com periodicidade trimestral, ainda sem definição de datas exatas para publicação. A coleta dos dados será feita após a divulgação da ata de cada reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

(Por Bernardo Caram)

Reuters

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