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Primeiro-ministro do Nepal deixa cargo enquanto protestos anticorrupção aumentam

Primeiro-ministro do Nepal deixa cargo enquanto protestos anticorrupção aumentam

Reuters

09/09/2025

Placeholder - loading - Protesto em Kathmandu  9/9/2025   REUTERS/Navesh Chitrakar
Protesto em Kathmandu 9/9/2025 REUTERS/Navesh Chitrakar

Por Gopal Sharma e Navesh Chitrakar

KATHMANDU (Reuters) - O primeiro-ministro do Nepal, K.P. Sharma Oli, renunciou nesta terça-feira, quando manifestantes anticorrupção desafiaram um toque de recolher por tempo indeterminado e entraram em confronto com a polícia, um dia depois de 19 pessoas terem morrido em protestos violentos desencadeados por uma proibição de mídia social.

O governo de Oli suspendeu a proibição depois que os protestos se intensificaram na segunda-feira, com a polícia disparando gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os manifestantes que tentavam invadir o Parlamento. Dezenove pessoas foram mortas e mais de 100 ficaram feridas nos distúrbios.

Mas os protestos não cessaram na terça-feira, forçando Oli a se demitir e mergulhando o Nepal em uma nova incerteza política.

A agitação é a pior em décadas no pobre país do Himalaia, que fica entre a Índia e a China e tem enfrentado instabilidade política e incerteza econômica desde que os protestos levaram à abolição de sua monarquia em 2008.

'Em vista da situação adversa no país, renunciei hoje para facilitar a solução do problema e ajudar a resolvê-lo politicamente de acordo com a constituição', afirmou Oli em sua carta de renúncia ao presidente Ramchandra Paudel.

Um assessor de Paudel disse à Reuters que a renúncia havia sido aceita e que o presidente iniciou 'processo e as discussões para um novo líder'.

O Exército publicou um apelo no X pedindo que as pessoas 'usem de moderação', já que a renúncia de Oli foi aceita.

Oli, de 73 anos, foi empossado para seu quarto mandato em julho do ano passado como o 14º primeiro-ministro do país desde 2008. Dois de seus colegas de gabinete renunciaram no final da segunda-feira, dizendo que não queriam continuar por motivos morais.

Mais cedo na terça-feira, Oli convocou uma reunião de todos os partidos políticos, afirmando que a violência não era do interesse da nação e que 'temos que recorrer ao diálogo pacífico para encontrar soluções para qualquer problema'.

Oli também disse que estava triste com os incidentes de violência devido à 'infiltração de diferentes centros egoístas'. Ele não respondeu diretamente às reclamações dos manifestantes sobre corrupção.

Reuters

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