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QUAIS SÃO OS ÁLBUNS MAIS PREMIADOS DA HISTÓRIA?

GRAMMY, RIAA, BILLBOARD E AMAs CONSAGRARAM QUATRO CLÁSSICOS QUE UNEM ALTA QUALIDADE TÉCNICA, MUSICAL E SUCESSO COMERCIAL

João Carlos

03/07/2025

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Ao longo das décadas, milhares de álbuns foram lançados, mas apenas alguns atingiram o raro equilíbrio entre excelência artística, reconhecimento da crítica especializada, vendas astronômicas e premiações de prestígio. Nesta seleção especial, reunimos os quatro álbuns mais premiados da história, com base nos resultados do Grammy Awards, nas certificações da RIAA, e nos principais prêmios do Billboard Music Awards e American Music Awards.

Thriller – Michael Jackson: o maior de todos os tempos

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Lançado em 1982, Thriller é um divisor de águas na música pop. O álbum venceu 8 prêmios Grammy, incluindo Álbum do Ano e Gravação do Ano, e transformou Michael Jackson em um ícone global. Produzido por Quincy Jones, o disco trouxe hits imortais como Billie Jean, Beat It e Thriller.

Gravado entre abril e novembro de 1982, o álbum teve um orçamento estimado de US$ 750 mil (o equivalente a cerca de US$ 2 milhões atualmente). Jackson, Jones e o engenheiro Bruce Swedien trabalharam com extremo rigor técnico e criativo, muitas vezes virando noites durante as sessões no Westlake Studios, em Los Angeles.

Com 34× platina nos Estados Unidos (mais de 34 milhões de cópias vendidas só no país) e mais de 70 milhões de unidades comercializadas no mundo, o disco é, até hoje, o mais vendido da história da música.

“Jackson deixou cair seu falsete de menino, encarando seus desafios com determinação agressiva e uma voz adulta e completa”, escreveu Christopher Connelly, da Rolling Stone, em uma das análises mais respeitadas da época.
“É um LP picante, obscuro, dançante, que equilibra tensão e espetáculo com genialidade.”

A fusão entre inovação estética, força vocal e videoclipes cinematográficos consolidou Thriller como uma obra-prima total da música pop moderna.

21 – Adele: emoção, técnica e alcance global

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Lançado em 2011, 21 consagrou Adele como uma das maiores vozes da era contemporânea. O álbum conquistou 7 Grammys, incluindo Álbum, Gravação e Canção do Ano, e teve um impacto duradouro no mercado fonográfico.

Nos EUA, foi certificado como Disco de Diamante pela RIAA (mais de 14 milhões de cópias), superando a marca de 30 milhões de unidades vendidas mundialmente.

Produzido entre maio de 2009 e outubro de 2010, 21 contou com sessões em Londres e na Califórnia e envolveu nomes como Rick Rubin e Paul Epworth. Embora o orçamento não tenha sido divulgado, o processo foi extenso, técnico e emocionalmente exigente, com altos padrões de produção.

Com faixas como Rolling in the Deep, Someone Like You e Set Fire to the Rain, o disco equilibra intimismo e grandiosidade com rara autenticidade.

“21 estabeleceu Adele como pop royalty e é um dos maiores clássicos de separação da história”, escreveu a Rolling Stone.
“A produção é calorosa e vintage, mas não antiquada. As melodias são ferozes, e sua voz é um tsunami emocional que atravessa cada refrão com franqueza e dor.”

Além de vencer prêmios no Billboard Music Awards e nos American Music Awards, o álbum quebrou recordes de permanência no topo das paradas em diversos países.

How to Dismantle an Atomic Bomb – U2: rock de estádio e maturidade emocional

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O décimo primeiro álbum de estúdio da banda irlandesa U2, lançado em 2004, foi um marco na sonoridade madura e espiritual do grupo. Com 9 Grammys — incluindo Álbum do Ano e Canção do Ano por Sometimes You Can’t Make It on Your Own — o disco simboliza a força lírica e política da banda no século XXI.

Com vendas superiores a 10 milhões de cópias mundialmente e 3× platina nos EUA, o disco combinou êxito comercial e densidade temática.

A produção do álbum foi iniciada em fevereiro de 2003, com diversas sessões lideradas inicialmente por Chris Thomas e, depois, por Steve Lillywhite, que passou seis meses adicionais finalizando o projeto. O álbum levou cerca de 15 meses para ser concluído, e embora não haja valor oficial, o investimento foi alto, com gravações em Dublin e no sul da França.

O Pitchfork descreveu o álbum como “impetuoso, sujo e barulhento, mas emocionalmente vulnerável”, e destacou que “a banda encontrou uma nova maneira de soar gigantesca sem soar vazia”.
Já o The Guardian afirmou: “Pode não ser ousado, mas é repleto de momentos desarmantes, honestos, construídos para palcos imensos — e ainda assim, intensamente pessoais.”

Com arranjos imponentes, letras introspectivas e refrões memoráveis, o disco reafirmou o domínio do U2 como uma banda de arena com consciência artística.

Supernatural – Santana: a fusão latina que conquistou o mundo

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Lançado em 1999, Supernatural é o disco que marcou o renascimento de Carlos Santana para uma nova geração. Misturando rock, pop e ritmos latinos, o álbum venceu 9 Grammys — incluindo Álbum do Ano, Gravação do Ano e Colaboração Pop Vocal.

O sucesso comercial foi estrondoso: 15× platina nos EUA e mais de 30 milhões de cópias vendidas globalmente. Faixas como Smooth (com Rob Thomas), Maria Maria e Corazón Espinado se tornaram hits universais.

A produção do álbum se estendeu por alguns anos no final da década de 1990, sob coordenação de Clive Davis, com foco em parcerias comerciais e alto padrão sonoro. Embora o orçamento oficial não seja conhecido, o projeto envolveu gravações em múltiplos estúdios, o que indica investimento elevado e estratégico.

A Classic Rock Review destacou: “Smooth é a combinação perfeita de groove fino, metais envolventes e vocais vibrantes. A produção é sofisticada, moderna, e ao mesmo tempo fiel às raízes latinas do guitarrista”.
“O álbum inteiro pulsa com energia e colaboração, sem perder a assinatura instrumental de Santana. É um trabalho elegante, vivo e inteligente.”

Além dos prêmios, Supernatural dominou as paradas por semanas e reconectou diferentes gerações ao som singular da guitarra latina mais famosa do mundo.

A receita do sucesso

Combinando relevância cultural, inovação artística e recordes de vendas, Thriller, 21, How to Dismantle an Atomic Bomb e Supernatural representam o ponto mais alto onde um álbum pode chegar: ser aclamado pela crítica, amado pelo público e eternizado pela indústria.

Essas quatro obras-primas mostram que quando voz, conceito, produção e timing se alinham, a música deixa de ser apenas entretenimento — e se torna história.

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