Robert F. Kennedy Jr. chama OMS de 'moribunda' e pede que outros deixem a organização
Robert F. Kennedy Jr. chama OMS de 'moribunda' e pede que outros deixem a organização
Reuters
20/05/2025
Por Emma Farge
GENEBRA (Reuters) - O secretário de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr., classificou a Organização Mundial da Saúde de inchada e 'moribunda' em um vídeo exibido para autoridades globais de saúde reunidas na terça-feira para a assembleia anual do órgão em Genebra.
Principal doador da agência da ONU, os Estados Unidos anunciaram a saída da OMS no primeiro dia da presidência de Donald Trump, deixando a organização com um enorme déficit orçamentário que está tentando resolver por meio de reformas na assembleia desta semana.
'Peço aos ministros da saúde do mundo e à OMS que considerem nossa saída da organização como um alerta', disse ele em um vídeo gravado pela Fox News e depois transmitido para a assembleia.
'Já entramos em contato com países que pensam da mesma forma e incentivamos outros a considerar a possibilidade de se juntar a nós', afirmou ele.
Seu discurso não provocou nenhuma resposta imediata da assembleia. Diplomatas e ministros, em sua maioria, assistiram ao discurso em silêncio.
Trump acusou a OMS de lidar mal com a Covid e de estar muito próxima da China -- alegações que ela nega.
Kennedy é um advogado ambientalista que há muito tempo semeia dúvidas sobre a segurança e a eficácia das vacinas que ajudaram a conter doenças e evitaram milhões de mortes durante décadas, e entrou em conflito com parlamentares norte-americanos na semana passada em uma audiência abalada por manifestantes.
Em seus comentários para a OMS, Kennedy chamou-a de 'atolada em inchaço burocrático, paradigmas arraigados, conflitos de interesse e política de poder internacional'.
'Não precisamos sofrer os limites de uma OMS moribunda -- vamos criar novas instituições ou revisar as instituições existentes que sejam enxutas, eficientes, transparentes e responsáveis', disse ele.
Os comentários de Kennedy foram transmitidos horas depois que os Estados membros da OMS adotaram um acordo na terça-feira para se preparar melhor para futuras pandemias.
Reuters