Rússia diz ter repelido incursão na fronteira; ataque em Kiev deixa 3 mortos
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Por Valentyn Ogirenko e Guy Faulconbridge
KIEV/MOSCOU (Reuters) - A Rússia disse nesta quinta-feira que repeliu mais ataques transfronteiriços a partir da Ucrânia, enquanto seus implacáveis ataques aéreos a Kiev mataram outras três pessoas, incluindo uma menina de 9 anos e sua mãe encurraladas do lado de fora de um abrigo antiaéreo.
Ambos os lados estão tentando minar o moral e enfraquecer a capacidade militar inimiga antes de uma contraofensiva ucraniana há muito prometida contra a invasão russa que dura 15 meses.
A guerra matou dezenas de milhares de pessoas, desalojou milhões, destruiu cidades ucranianas e levou ataques crescentes ao solo russo.
O Ministério da Defesa da Rússia disse que suas tropas frustraram três tentativas de incursão perto da cidade ocidental de Shebekino, matando 30 combatentes ucranianos e destruindo quatro veículos blindados.
Anteriormente, o Corpo de Voluntários Russos (RVC), um grupo paramilitar de extrema-direita de etnia russa que apoia a Ucrânia, havia dito que estava lutando dentro da Rússia. Kiev nega envolvimento direto, mas Moscou a acusa de planejar os ataques.
O governador da região de Belgorod, Vyacheslav Gladkov, disse que as Forças Armadas da Ucrânia bombardearam repetidamente Shebekino com foguetes Grad 122mm projetados pelos soviéticos, incendiando um dormitório e danificando um prédio administrativo.
Pelo menos nove civis ficaram feridos, afirmou ele, com centenas de crianças, mulheres e idosos sendo retirados. Um vídeo não verificado mostrou um incêndio em um grande prédio em Shebekino.
Em Kiev, a Ucrânia disse que derrubou 10 mísseis balísticos e de cruzeiro Iskander no 18º ataque da Rússia à capital desde o início de maio. Mas uma menina de 9 anos, sua mãe e outra mulher morreram quando destroços de foguetes caíram perto de um abrigo antiaéreo no qual elas tentavam entrar.
'A entrada estava fechada, já havia cerca de cinco a 10 mulheres com filhos', disse o morador local Yaroslav Ryabchuk. 'Elas bateram bem alto... tentaram entrar no abrigo, ninguém abriu para elas. Minha esposa morreu.'
A Rússia nega ter alvejado civis ou cometido crimes de guerra, mas suas forças devastaram cidades ucranianas e atingiram repetidamente áreas residenciais desde a invasão de 24 de fevereiro de 2022.
Escrito por Reuters
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