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Sem gás russo, indústria fecha em região separatista da Moldávia

Placeholder - loading - Brasão de armas da Transnístria é visto em um banner no centro de Tiraspol 05/05/2022 REUTERS/Vladislav Bachev
Brasão de armas da Transnístria é visto em um banner no centro de Tiraspol 05/05/2022 REUTERS/Vladislav Bachev

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Por Mark Trevelyan e Alexander Tanas

(Reuters) - O corte do fornecimento de gás russo para a Transnístria, uma região separatista da Moldávia, forçou o fechamento de todas as indústrias, exceto as produtoras de alimentos, disse uma autoridade nesta quinta-feira.

O território de língua russa, com cerca de 450.000 habitantes, que se separou da Moldávia na década de 1990 com o colapso da União Soviética, sofreu um impacto doloroso e imediato do corte do fornecimento de gás russo para a Europa Central e Oriental na última quarta-feira, via Ucrânia.

'Todas as empresas industriais estão ociosas, com exceção daquelas envolvidas na produção de alimentos -- ou seja, garantindo diretamente a segurança alimentar da Transnístria', disse Sergei Obolonik, primeiro vice-primeiro-ministro da região, a um canal de notícias local.

'É muito cedo para julgar como a situação se desenvolverá... O problema é tão extenso que, se não for resolvido por um longo tempo, já teríamos mudanças irreversíveis, ou seja, as empresas perderão sua capacidade de começar a operar.'

A Ucrânia permitiu que a Rússia continuasse a bombear gás através de seu território, apesar de quase três anos de guerra, e estava ganhando até 1 bilhão de dólares por ano em taxas de trânsito. Mas Kiev se recusou a renovar um acordo de cinco anos que expirou na quarta-feira.

Compradores europeus de gás, como a Eslováquia e a Áustria, haviam se preparado para o corte, garantindo suprimentos alternativos. Mas a Transnístria -- apesar de seus laços com Moscou e da presença de 1.500 soldados russos no local -- acabou sendo prejudicada.

A empresa de energia local cortou o fornecimento de aquecimento e água quente para as residências na quarta-feira, pedindo às famílias que se mantenham aquecidas reunindo-se em um único cômodo, cobrindo as janelas com cortinas ou cobertores e usando aquecedores elétricos.

O líder da Transnístria, Vadim Krasnoselsky, disse que a região tinha reservas de gás que provavelmente poderiam durar 10 dias de uso limitado em sua parte norte e o dobro do tempo no sul.

Ele disse que a principal usina de energia havia mudado de gás para carvão e deveria ser capaz de fornecer eletricidade aos residentes em janeiro e fevereiro.

A Rússia vinha bombeando cerca de 2 bilhões de metros cúbicos de gás por ano para a Transnístria -- incluindo a usina de energia que também fornecia energia para toda a Moldávia, um país de 2,5 milhões de habitantes que deseja ingressar na União Europeia.

A Moldávia tem um longo histórico de disputas de pagamento de gás e relações tensas com a Rússia. A ex-república soviética está tentando reduzir o consumo de energia em pelo menos um terço e importar mais de 60% de suas necessidades da vizinha Romênia.

(Reportagem adicional de Anastasiia Malenko)

Escrito por Reuters

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