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Setor de serviços no Brasil contrai pelo 3º mês seguido em junho, mostra PMI

Setor de serviços no Brasil contrai pelo 3º mês seguido em junho, mostra PMI

Reuters

03/07/2025

Placeholder - loading - Restaurante em Olinda, Pernambuco 27/06/2014. REUTERS/Brian Snyder
Restaurante em Olinda, Pernambuco 27/06/2014. REUTERS/Brian Snyder

Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) - A contração da atividade de serviços no Brasil se aprofundou em junho diante da piora da demanda e das pressões dos custos, e o setor encerrou o segundo trimestre com o pior desempenho trimestral em quatro anos, apontou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI) nesta quinta-feira.

O PMI compilado pela S&P Global caiu a 49,3 em junho, de 49,6 em maio, ficando abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração por três meses seguidos.

Com a contração da atividade industrial se aprofundando também em junho, o PMI Composto do Brasil caiu a 48,7, de 49,1 em maio, indo ao nível mais baixo desde janeiro.

'Os resultados de junho levantam alguns alertas sobre o desempenho econômico do setor privado do Brasil no segundo trimestre do ano. A leitura média do índice composto de produção foi a mais baixa desde o primeiro trimestre de 2021, com quedas relatadas pelos fabricantes de bens e pelos fornecedores de serviços em meio à contenção da demanda', disse Pollyanna De Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence.

Ao comentar a queda da produção em junho, os participantes da pesquisa citaram o elevados custos de crédito, condições adversas de demanda e quedas nas novas encomendas.

Ainda assim, o emprego no setor de serviços brasileiro aumentou em junho, chegando a oito meses seguidos de expansão, ainda que tenha mostrado pouca alteração em relação a maio.

A escassez de entrada de novos trabalhos ajudou a restringir a inflação dos preços cobrados pelos fornecedores de serviços, que subiram no ritmo mais fraco em mais de um ano.

Ao mesmo tempo, houve um aumento marginalmente maior nos preços de insumos, com as empresas monitoradas informando que pagaram mais por produtos de limpeza, materiais de construção, mão de obra, alimentos, combustíveis, eletricidade e água.

Em relação ao futuro, os fornecedores de serviços preveem aumento de produção ao longo dos próximos 12 meses, mas o nível de sentimento positivo caiu para o menor patamar em três meses.

O otimismo foi contido pela competição acirrada, preocupações com a receita e taxa de juros elevada -- a taxa básica de juros Selic está atualmente em 15%. Alguns entrevistados também mostraram preocupação com o impacto da incerteza eleitoral na economia.

Reuters

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