Somente Trump pode decidir sobre movimentação de tropas dos EUA na Europa, diz secretário de Defesa
Somente Trump pode decidir sobre movimentação de tropas dos EUA na Europa, diz secretário de Defesa
Reuters
09/04/2025
CIDADE DO PANAMÁ (Reuters) - Apenas o presidente Donald Trump tomará decisões sobre o futuro das tropas dos Estados Unidos na Europa, disse nesta quarta-feira o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, ao ser questionado se manterá as tropas em seus níveis atuais.
'A única pessoa que determinará a estrutura da força das tropas dos EUA na Europa será o presidente Trump, o comandante-chefe', disse Hegseth a jornalistas durante viagem ao Panamá.
'E seguiremos tendo discussões contínuas, inclusive no contexto das negociações entre a Ucrânia e a Rússia, sobre qual deve ser a nossa postura de força no continente que melhor atenda aos interesses norte-americanos e garanta o compartilhamento de encargos na Europa também.'
As observações de Hegseth foram feitas um dia após o principal general dos EUA na Europa afirmar que os Estados Unidos deveriam manter sua presença militar no continente como está agora, já que o Pentágono revisa sua presença global sob Trump.
O Exército dos EUA tinha mais de 100.000 soldados na Europa após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, mas o general do Exército dos EUA Christopher Cavoli disse que o número foi reduzido para 80.000.
'É meu conselho manter essa postura de força como está agora', disse Cavoli aos parlamentares na terça-feira durante audiência do Comitê de Serviços Armados da Câmara.
Hegseth foi questionado se concorda com a avaliação. Durante sua primeira viagem à Europa, Hegseth havia dito aos pares europeus que eles não deveriam presumir que a presença dos EUA duraria para sempre.
As possíveis mudanças na presença militar dos EUA na Europa ocorrem em meio a preocupações sobre o futuro da Otan, aliança transatlântica que tem sido o alicerce da segurança europeia nos últimos 75 anos.
A crença europeia nos EUA como principal protetor do continente contra qualquer ataque da Rússia foi seriamente abalada pela tentativa de aproximação de Trump com Moscou e pela forte pressão sobre Kiev, na intenção de acabar com a guerra.
(Reportagem de Phil Stewart)
Reuters