Starlink no Brasil pede ao STF que suspenda decisão de Moraes de bloqueio de contas
Starlink no Brasil pede ao STF que suspenda decisão de Moraes de bloqueio de contas
Reuters
30/08/2024
Atualizada em 30/08/2024
Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - A Starlink no Brasil pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira que suspenda a decisão do ministro Alexandre de Moraes de bloquear as contas bancárias da empresa que fornece internet de banda larga por meio de satélites com o objetivo de garantir o pagamento de multas processuais aplicadas à plataforma de rede social X no país.
No recurso, visto pela Reuters, a empresa alega que não tem 'qualquer ingerência' sobre o X e que tampouco deixou de cumprir alguma ordem judicial a ela dirigida.
A empresa contesta a decisão de Moraes segundo a qual as duas empresas -- de propriedade do bilionário sul-africano radicado nos EUA Elon Musk -- seriam um único grupo econômico de fato.
No recurso, a defesa da Starlink no Brasil questiona o fato de a empresa ter de ser responsável por cobrir o eventual pagamento de multas do X no país.
Moraes contabilizou ter conseguido bloquear cerca de 2 milhões de reais das contas do X no Brasil, montante que seria muito inferior aos valores atuais de multas que a rede social recebeu da corte por descumprir ordens judiciais. Por isso, Moraes decidiu também buscar o bloqueio de bens de recursos da Starlink, com a justificativa que seria um único grupo econômico - o que a empresa de satélites questiona.
Musk usou o X para criticar a restrição em relação à Starlink.
Desde a quinta-feira à noite encerrou o prazo para que o X no Brasil indicasse um representante legal, conforme determinação de Moraes, que indicou que em caso de descumprimento a rede social teria de suspender as atividades no país.
Após o fim desse prazo, o próprio X publicou em sua rede social que não iria cumprir a determinação do magistrado. Musk, também na plataforma, chamou Moraes de 'ditador'.
Reuters