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STF deve chancelar abertura de CPI da Covid, mas deixar que Senado decida sobre funcionamento

STF deve chancelar abertura de CPI da Covid, mas deixar que Senado decida sobre funcionamento

Reuters

12/04/2021

Placeholder - loading - 22/10/2019 REUTERS/Adriano Machado
22/10/2019 REUTERS/Adriano Machado

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deve chancelar na quarta-feira a liminar dada pelo ministro Luís Roberto Barroso que determinou ao Senado que instale a CPI da Covid, mas a tendência é que a corte deixe para os senadores definirem sobre o funcionamento, disse à Reuters uma fonte envolvida no assunto.

A expectativa é que o plenário do Supremo confirme a decisão de abrir a comissão de inquérito para apurar eventuais omissões e irregularidades do governo federal no enfrentamento à pandemia de coronavírus, mas diga que cabe à Casa Legislativa avaliar a forma de funcionamento, disse a fonte.

Isso significa que os senadores é que vão definir se a comissão vai trabalhar de forma presencial ou por videoconferência ou se vai começar já --no auge da pandemia no país-- ou aguardar um outro momento para funcionar, exemplificou a fonte.

A tendência é que o STF faça uma análise rápida da liminar, uma vez que na pauta de quarta ainda constam o julgamento de recursos da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que contestam decisões referentes à operação Lava Jato.

A decisão de Barroso de determinar a instalação da CPI após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), adiar seu funcionamento, mesmo com todos os requisitos já cumpridos, foi alvo de duras críticas do presidente Jair Bolsonaro na semana passada.

O presidente --que deve ter o seu governo como alvo da comissão-- disse que Barroso não tem coragem moral e fez politicalha com a esquerda ao ter aceito o pedido para instalar a CPI. Barroso e o STF divulgaram posteriormente manifestações em defesa da decisão que seguiu entendimentos consolidados na corte.

Nos bastidores, os governistas tentam uma estratégia de dissuadir a instalação da CPI ou ampliar o escopo da apuração para envolver também atos referentes a governadores e prefeitos como forma de tirar o foco da ação federal.

'Barroso aplicou a jurisprudência do Supremo, mas há quem avalie que cabe ao Senado avaliar se a CPI funcione remotamente ou presencial', disse outra fonte do STF, ao observar que uma eventual investigação de governadores e prefeitos têm de ser feita pelos Legislativos estaduais ou municipais.

No mais recente lance, Bolsonaro teve uma conversa gravada com o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) em que defende essa ampliação da CPI e também cobrou uma pressão para o Senado que analise pedidos de impeachment contra ministros do Supremo.

Por ora, segundo duas fontes do STF, a ordem no Supremo é não responder às novas declarações de Bolsonaro. Ainda assim, os ministros estão conversando entre si sobre o assunto.

Reuters

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