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Suíça ultrapassa UE na fila de acordos comerciais com os EUA, dizem assessores de Trump

Suíça ultrapassa UE na fila de acordos comerciais com os EUA, dizem assessores de Trump

Reuters

12/05/2025

Placeholder - loading - Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, durante reunião bilateral do país com a Suíça, em Genebra 09/05/2025 KEYSTONE/EDA/Martial Trezzini/Dikvulgação via REUTERS
Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, durante reunião bilateral do país com a Suíça, em Genebra 09/05/2025 KEYSTONE/EDA/Martial Trezzini/Dikvulgação via REUTERS

Por Emma Farge

GENEBRA (Reuters) - A Suíça passou para a frente da fila de acordos comerciais com os Estados Unidos, disse nesta segunda-feira o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, depois que o país alpino sediou negociações comerciais surpreendentemente bem-sucedidas entre EUA e China no fim de semana.

Antes de receber as duas partes, autoridades suíças se encontraram com Bessent e sua equipe na sexta-feira e com o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, para discutir seus próprios problemas comerciais com Washington.

Em abril, os EUA impuseram tarifas de 31% à Suíça, em comparação com 20% na União Europeia e 10% no Reino Unido. A decisão surpreendeu as autoridades suíças, e grandes empresas do país se comprometeram a investir pesadamente nos Estados Unidos.

'O Reino Unido e a Suíça passaram para a frente da fila para acordos comerciais, mas a União Europeia tem sido muito mais lenta', disse Bessent.

O secretário estava respondendo a uma pergunta em uma coletiva de imprensa em Genebra sobre o futuro da Suíça como intermediária, em meio a percepções de que sua neutralidade está mudando e os países do Golfo estão se mobilizando.

A UE sugeriu que não será pressionada a aderir a um acordo tarifário injusto com os EUA e propôs potenciais contramedidas. O Reino Unido fechou na semana passada um acordo comercial rápido, porém limitado, com o governo do presidente dos EUA, Donald Trump.

A Suíça há muito tempo busca atuar como construtora de pontes durante crises internacionais, mas analistas disseram que ela fez um esforço especial desta vez, apontando para a escolha íntima do local para as negociações na residência privada de seu embaixador na ONU.

O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, disse que grande parte das negociações com os chineses foram realizadas nos jardins sombreados da opulenta vila do século 18 com vista para o Lago Genebra.

'Tudo transcorreu perfeitamente', disse Greer.

'Isso pode não parecer importante para quem não está envolvido, mas a atmosfera proporcionada pelo governo suíço foi incrivelmente propícia às conclusões que tiramos neste fim de semana.'

He, da China, também fez elogios à 'calorosa hospitalidade' da Suíça.

Isso se estendeu à mídia: uma autoridade suíça ofereceu croissants e bebidas aos repórteres que esperavam do lado de fora por horas.

'O secretário Bessent viu a determinação da Suíça em servir aos interesses globais, mas também em defender nossa própria causa', disse Vincent Subilia, diretor-geral da Câmara de Comércio de Genebra.

(Reportagem de Emma Farge; reportagem adicional de Olivia Le Poidevin)

Reuters

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