Taxas dos DIs sobem com acordo EUA-China e decisão do Fed no foco
Taxas dos DIs sobem com acordo EUA-China e decisão do Fed no foco
Reuters
30/10/2025
Por Fabricio de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - As taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) sobem nesta quinta-feira ante os ajustes da véspera no Brasil, em meio à alta do dólar ante o real e ao avanço firme dos rendimentos dos Treasuries no exterior.
Por trás do movimento estão as notícias sobre o acordo comercial entre Estados Unidos e China, além da decisão de política monetária de quinta-feira do Federal Reserve, que ainda repercute nos mercados.
Às 9h50, a taxa do DI para janeiro de 2028 estava em 13,21%, em alta de 5 pontos-base ante ajuste de 13,161% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2035 marcava 13,675%, com elevação de 7 pontos-base ante o ajuste de 13,604%. O rendimento do Treasury de dez anos -- referência global de investimentos -- subia 5 pontos-base, aos 4,103%.
Na véspera, os rendimentos dos títulos norte-americanos chegaram a disparar mais de 10 pontos-base após o Fed cortar a taxa de juros em 25 pontos-base, como esperado, mas colocar em dúvida nova redução em dezembro.
Nesta quinta-feira, investidores seguiam ajustando posições sob influência do Fed, mas reagiam também às notícias de que o presidente dos EUA, Donald Trump, fechou um acordo com o presidente da China, Xi Jinping, durante encontro na Coreia do Sul.
Trump disse que concordou com Xi em reduzir as tarifas sobre a China, em troca de Pequim reprimir o comércio ilícito de fentanil, retomar as compras da soja norte-americana e manter as exportações de terras raras. Trump afirmou que as tarifas sobre as importações chinesas serão reduzidas de 57% para 47%.
Por sua vez, a China concordou em pausar os controles de exportação sobre terras raras, elementos vitais na fabricação de carros, aviões e armas. A pausa durará um ano, conforme o Ministério do Comércio da China. Além disso, Xi trabalhará para interromper o fluxo de fentanil, opioide sintético que é a principal causa de mortes por overdose nos EUA.
Reuters

