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Macron teme o caos da mudança de regime conforme Trump aumenta ameaças ao Irã

Macron teme o caos da mudança de regime conforme Trump aumenta ameaças ao Irã

Reuters

17/06/2025

Placeholder - loading - Pesidente da França, Emmanuel Macron 16/06/2025 REUTERS/Kevin Lamarque
Pesidente da França, Emmanuel Macron 16/06/2025 REUTERS/Kevin Lamarque

Atualizada em  17/06/2025

Por John Irish

KANANASKIS, Canadá (Reuters) - O presidente da França, Emmanuel Macron, destacou nesta terça-feira suas diferenças com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação ao Irã, parecendo se opor a uma ação militar mais dura contra Teerã, que poderia levar a uma mudança de regime e mergulhar o Irã e a região no caos.

Na segunda-feira, Macron sugeriu aos repórteres que Trump estava deixando o G7 como parte dos esforços para garantir um cessar-fogo entre Israel e o Irã.

Ele foi firmemente rebatido na manhã desta terça-feira, quando Trump disse no X que Macron estava enganado e que sua saída não tinha nada a ver com a garantia de um cessar-fogo.

Desde a manhã desta terça-feira, Trump aumentou a retórica belicosa, exigindo a 'rendição incondicional' do Irã e alertando que a paciência dos EUA estava se esgotando à medida que a guerra aérea entre Israel e Irã se estendia pelo quinto dia.

Israel disse que lançou sua operação para impedir que o Irã adquira uma arma nuclear, algo que Teerã tem negado repetidamente.

Macron disse que Trump parece ter mudado de opinião desde que se reuniu com os líderes do G7 no Canadá na segunda-feira, onde Macron afirmou que Trump havia dito a eles que estava pressionando por um cessar-fogo.

'Não queremos que o Irã obtenha uma arma nuclear', disse Macron. 'Mas o maior erro seria usar ataques militares para mudar o regime, porque então seria o caos e nossa responsabilidade é retornar às discussões o mais rápido possível para poder definir um curso novamente sobre a questão nuclear e balística.'

Macron disse que o programa nuclear do Irã deve ser novamente colocado sob supervisão internacional e seu arsenal de mísseis balísticos deve ser reduzido, mas ele se opôs categoricamente a ataques contra a infraestrutura de energia, civis e ações militares que poderiam levar a uma mudança de regime.

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, disse que o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, poderia ter o mesmo destino do presidente iraquiano Saddam Hussein, que foi derrubado em uma invasão liderada pelos EUA e enforcado em 2006 após um julgamento.

'Alguém acha que o que foi feito no Iraque em 2003 foi uma boa ideia? Alguém acha que o que foi feito na Líbia na década seguinte foi uma boa ideia? Não!', disse Macron.

'Também estou pensando em nossos amigos da região, no Iraque, no Líbano e em outros lugares. Devemos ajudá-los a reduzir tudo o que, de fato, ameaça sua segurança, mas eles precisam de tudo, menos do caos.'

Os comentários de Macron também contrastaram fortemente com os do chanceler alemão Friedrich Merz, que disse que Israel estava fazendo o 'trabalho sujo' para seus aliados ocidentais, mas que poderia falhar sem o apoio dos EUA.

Israel atingiu severamente o programa nuclear do Irã, mas sem o poder de fogo dos EUA provavelmente não conseguirá destruir Fordow, uma usina localizada nas profundezas de uma montanha, onde o Irã tem enriquecido urânio em até 60%, próximo ao grau de 90% para armas.

'O Exército israelense é obviamente incapaz de fazer isso. Ele não tem as armas necessárias. Mas os norte-americanos as têm', disse Merz em uma entrevista à emissora ZDF.

Em outra entrevista, ele disse que a decisão poderia ser tomada em breve, dependendo se o Irã estivesse preparado para voltar à mesa de negociações.

Reuters

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