Tesla faz acordo em processo de funcionário negro contra assédio generalizado
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Por Jonathan Stempel
(Reuters) - A Tesla resolveu um processo de discriminação racial movido por uma funcionária negra que alegou que um gerente de sua fábrica em Fremont, Califórnia, às vezes cumprimentava os trabalhadores dizendo 'bem-vindos à plantação' ou 'bem-vindos à senzala'.
Raina Pierce, que instalava travas em portas de carros, e a montadora liderada pelo bilionário Elon Musk concordaram com um acordo proposto por um mediador, de acordo com um documento conjunto apresentado nesta quinta-feira no tribunal federal de São Francisco.
Os termos não foram divulgados e ambas as partes estão finalizando um acordo, diz o documento.
Os advogados de Pierce e da Tesla não responderam imediatamente aos pedidos de comentário. Musk não é réu.
Pierce disse que foi submetida a assédio generalizado, incluindo um insulto racial comum que, segundo ela, estava rabiscado em toda a fábrica, inclusive nos banheiros, e um insulto de gênero.
Ela também afirmou que ouviu gritos e foi disciplinada por condutas pelas quais trabalhadores não negros eram perdoados.
A queixa de Pierce cita um funcionário da Tesla que se juntou temporariamente à sua linha de produção e disse: 'Senhora, a senhora precisa ir ao RH porque esses supervisores estão dizendo coisas sobre você que não estão certas'.
A Tesla enfrentou outras acusações de discriminação racial e assédio na fábrica de Fremont.
Um dos autores, o ascensorista Owen Diaz, chegou a um acordo em março de 2024, com termos não divulgados, após um veredito de US$3,2 milhões do júri. Outro júri havia concedido a Diaz US$137 milhões em 2021, mas o caso foi reavaliado após ele rejeitar um valor menor proposto pelo juiz.
(Reportagem de Jonathan Stempel em Nova York)
Escrito por Reuters
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