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TESLA X BYD: A BATALHA DOS ELÉTRICOS

AS DISPUTAS E OS DESAFIOS DO SETOR

João Carlos

18/08/2025

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Crédito da imagem: gerada por IA

O mercado de carros elétricos (EVs) segue em expansão no mundo, impulsionado por avanços tecnológicos e políticas de descarbonização. Mas, ao mesmo tempo, enfrenta barreiras estruturais importantes e uma disputa cada vez mais acirrada. No centro dessa batalha estão duas gigantes: Tesla e BYD, que lideram a corrida pela preferência global dos consumidores.

Panorama e liderança de vendas

Segundo o Global EV Outlook 2025 da Agência Internacional de Energia (IEA), as vendas globais de veículos elétricos cresceram 27 % em relação a 2024, ultrapassando os 10 milhões de unidades até julho. A China responde pela maior fatia, com 6,5 milhões de veículos.

Nos modelos, o Tesla Model Y segue como o carro elétrico mais vendido do mundo, posição que mantém desde 2023. Entretanto, a disputa já não é tranquila: a chinesa BYD superou a Tesla no volume total de EVs vendidos em 2024 e projeta fechar 2025 com 5,5 milhões de unidades, consolidando-se como a maior fabricante global de elétricos.

O carro mais vendido da BYD globalmente é o BYD Song Plus (incluindo suas variantes Seal U e Sealion 6). Em 2024, a linha alcançou 511.962 unidades vendidas, tornando-se o grande trunfo da montadora chinesa em mercados como Ásia, Europa e América Latina.

Na Europa e nos Estados Unidos, a concorrência ganha força com marcas como Volkswagen, Ford, Hyundai e Mercedes-Benz, que ampliam investimentos para competir em preço, alcance e tecnologia.

Os desafios do caminho

Apesar do crescimento acelerado, o setor ainda enfrenta barreiras que dificultam sua expansão plena. O preço inicial dos carros elétricos continua sendo um ponto sensível para consumidores, mesmo com avanços que já reduziram custos de baterias. A infraestrutura de recarga também é alvo de críticas: muitas cidades ainda não oferecem pontos suficientes e, quando existem, o tempo de carregamento pode desanimar.

Além disso, políticas públicas e subsídios variam de país para país, o que gera insegurança tanto para quem compra quanto para quem fabrica. Some-se a isso a pressão da concorrência chinesa, que oferece modelos mais acessíveis, e o desafio de garantir matérias-primas estratégicas como lítio e cobalto — elementos indispensáveis para a produção em larga escala.

Concorrência global em movimento

Nesse cenário, a competição é cada vez mais acirrada. A Tesla, mesmo mantendo o Model Y no topo, já sente a pressão de rivais que disputam espaço nas mesmas categorias. A BYD, com o Song Plus como carro-chefe, conquistou mercados internacionais e até investiu em frota própria de navios para agilizar exportações.

As montadoras tradicionais também entram em cena: a Ford prepara um modelo elétrico compacto com promessa de preço acessível, a Volkswagen aposta em ampliar sua gama de SUVs elétricos e a Mercedes-Benz busca manter sua imagem premium em um ambiente de custos desafiadores. É um jogo em que ninguém pode tirar os olhos do adversário.

Um futuro eletrizante

O futuro dos carros elétricos é inevitável, mas a jornada até lá será marcada por altos e baixos. As gigantes atuais comprovam a força de quem chegou primeiro e consolidou uma base fiel, mas também está claro que há espaço para novas protagonistas. Para o consumidor, a boa notícia é que essa disputa deve trazer mais opções, tecnologia de ponta e, quem sabe, preços cada vez mais acessíveis.

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