Trump anunciará plano de paz no Oriente Médio para israelenses, apesar de dúvidas dos palestinos
Trump anunciará plano de paz no Oriente Médio para israelenses, apesar de dúvidas dos palestinos
Reuters
27/01/2020
Por Steve Holland e Dan Williams
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira que anunciará sua proposta de paz para o Oriente Médio na terça-feira e acredita que os palestinos vão concordar com ela, apesar da recusa deles em se envolver com o assunto.
Sentado ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no Salão Oval da Casa Branca, Trump afirmou que seu plano 'faz muito sentido para todos'. Sobre os palestinos, Trump disse: 'É algo que eles deveriam querer', mas o presidente norte-americano se recusou a dizer de que modo seria bom para eles.
Trump fará declarações conjuntas com Netanyahu na Casa Branca na terça-feira para delinear seu plano, com o qual as autoridades norte-americanas pretendem gerar impulso para resolver um dos conflitos mais espinhosos do mundo.
Os palestinos temem que o plano frustre suas esperanças de um Estado independente na Cisjordânia, na Faixa de Gaza e em Jerusalém Oriental, áreas que Israel capturou na guerra de 1967 no Oriente Médio.
'Eles provavelmente não vão querer isso inicialmente', declarou Trump. 'Mas acredito que no final eles vão... É muito bom para eles. De fato, é demasiadamente bom para eles. Então, vamos ver o que acontece. Agora, sem eles, não fazemos o acordo e tudo bem.'
Após a reunião com Netanyahu, Trump se encontrou com Benny Gantz, líder do partido de centro Azul e Branco de Israel, que é o principal rival do primeiro-ministro de direita nas eleições de 2 de março.
Os líderes palestinos dizem que não foram convidados a Washington para a apresentação de Trump de seu plano de paz e que nenhuma proposta pode funcionar sem eles.
'Rejeitamos (o plano) e exigimos que a comunidade internacional não seja parceira porque contradiz o básico do direito internacional e dos direitos palestinos inalienáveis', disse o primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh na segunda-feira. 'Não passa de um plano para acabar com a causa palestina.'
Reuters