Trump avalia revogar status legal de 240 mil ucranianos
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Por Ted Hesson e Kristina Cooke
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira que em breve decidirá se revogará o status legal temporário de cerca de 240 mil ucranianos que fugiram do conflito com a Rússia, confirmando reportagem da Reuters que indicava que o governo planejava tomar essa iniciativa. Tal movimento seria uma reversão dramática das boas-vindas dadas aos ucranianos sob o governo do presidente anterior, Joe Biden, colocando-os potencialmente em um rápido processo de deportação. “Não queremos prejudicar ninguém, certamente não queremos prejudicá-los, e estou analisando isso”, disse Trump a repórteres no Salão Oval, quando perguntado sobre o tema. “Algumas pessoas acham que isso é apropriado, e algumas pessoas não, e tomarei a decisão em breve.” A reversão das proteções aos ucranianos seria parte de um esforço mais amplo do governo Trump para retirar o status legal de mais de 1,8 milhão de migrantes autorizados a entrar nos EUA sob programas temporários de liberdade condicional humanitária, lançados no governo Biden, disseram à Reuters uma autoridade do governo Trump e três fontes próximas ao tema. Medidas para revogar o status dos ucranianos podem sair já em abril, disseram as quatro fontes. Elas contaram que os planos para essa revogação são anteriores à discussão pública entre Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, na semana passada. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, retrucou a reportagem da Reuters em postagem na rede social X, dizendo que “nenhuma decisão foi tomada até este momento”. A porta-voz do Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) dos EUA, Tricia McLaughlin, disse na quarta-feira que o órgão não tinha novidades a comunicar. Agências do governo ucraniano não responderam aos pedidos para que comentassem o tema. Um decreto de Trump, emitido em 20 de janeiro, solicitou que o DHS “encerrasse todos os programas de liberdade condicional categórica”. (Reportagem de Ted Hesson em Washington e Kristina Cooke em São Francisco)
Escrito por Reuters
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