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Trump pode vetar a AP de participar de alguns eventos na Casa Branca, diz tribunal

Trump pode vetar a AP de participar de alguns eventos na Casa Branca, diz tribunal

Reuters

06/06/2025

Placeholder - loading - O presidente Donald Trump na Casa Branca 06/06/2025 REUTERS/Kevin Lamarque
O presidente Donald Trump na Casa Branca 06/06/2025 REUTERS/Kevin Lamarque

Por Jack Queen

(Reuters) - O presidente Donald Trump está livre para impedir a entrada da Associated Press em alguns eventos de mídia da Casa Branca, após um tribunal de recursos dos Estados Unidos suspender, nesta sexta-feira, decisão de tribunal inferior determinando o acesso de jornalistas da AP.

A decisão do Tribunal de Apelações dos EUA para o Circuito de Washington bloqueia temporariamente uma ordem do juiz distrital Trevor McFadden -- que em 8 de abril decidiu que o governo Trump deve permitir o acesso dos jornalistas da AP ao Salão Oval, ao Air Force One e aos eventos da Casa Branca -- enquanto a ação judicial da agência de notícias avança.

A AP entrou com um processo em fevereiro após a Casa Branca restringir o acesso da agência de notícias devido à sua decisão de continuar se referindo ao Golfo do México em sua cobertura, apesar de Trump tê-lo renomeado como Golfo da América.

Advogados da AP argumentaram que a nova política viola a Primeira Emenda da Constituição, que protege os direitos de liberdade de expressão.

McFadden, que foi nomeado por Trump durante seu primeiro mandato, disse em sua decisão que, se a Casa Branca abre suas portas para alguns jornalistas, não pode excluir outros com base em seus pontos de vista.

Advogados do governo Trump disseram que o presidente tem absoluta discricionariedade sobre o acesso da mídia à Casa Branca e que a decisão de McFadden infringia sua capacidade de decidir quem admitir em espaços sensíveis.

'A Constituição não proíbe o presidente de considerar a cobertura prévia de um jornalista ao avaliar o grau de acesso que ele concederá a esse jornalista', disseram os advogados do governo no processo judicial.

Em 16 de abril, a AP acusou o governo Trump de desobedecer a ordem judicial, continuando a excluir seus jornalistas de alguns eventos e, em seguida, limitando o acesso a Trump para todas as agências de notícias, incluindo a Reuters e a Bloomberg.

A Reuters e a AP emitiram declarações denunciando a nova política, que coloca as agências de notícias em um rodízio maior com cerca de outros 30 jornais e veículos impressos.

Outros clientes da mídia, incluindo organizações de notícias locais que não têm presença em Washington, dependem das reportagens em tempo real das agências de notícias sobre as declarações presidenciais, assim como os mercados financeiros globais.

A AP diz em seu manual de estilo que o Golfo do México tem esse nome há mais de 400 anos e, como uma agência de notícias global, vai se referir a ele pelo nome original mesmo reconhecendo o novo nome escolhido por Trump.

(Reportagem de Jack Queen em Nova York e Mike Scarcella)

Reuters

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